Alianças sem preconceito

Arimatea Souza

Na Serra
O governador Eduardo Campos (PE), presidenciável e presidente nacional do PSB, aceitou convite dos empresários Álvaro Barros (presidente da Associação Comercial de Campina) e Alexandre Moura (da Federação das Associações Comerciais) e virá proferir palestra para o empresariado local nas próximas semanas.

´Doutrinação´
Em entrevista ontem na Capital, o ex-governador José Maranhão (PMDB) disse que é “curioso” quando escuta o seu sobrinho e deputado Benjamin Maranhão recomendando que posições políticas ele deve tomar com vistas ao pleito de 2014.
Zé recordou que nunca se utilizou desse procedimento com o sobrinho.

Lealdade 
Maranhão declarou que não aposta na candidatura do senador Cássio ao governo em 2014 porque “ninguém é mais leal a Ricardo Coutinho do que Cássio. E parece que Ricardo tem correspondido, haja vista a grande maioria de secretários ser composta por pessoas ligadas a Cássio”.

Ponto morto
O ex-senador Efraim Morais, presidente do Democratas na Paraíba, disse ontem que o seu partido não tem pressa para as definições eleitorais do ano que vem.
“Tudo em política tem o seu tempo. E o momento é de cuidar da chapa proporcional”, assinalou o demista.

Sentar à mesa
Morais antecipou que o partido não cogita lançar candidatos ao governo nem ao Senado, mas que deseja participar da definição da chapa, até por força do seu potencial eleitoral: 24 prefeitos, 22 vice-prefeitos, mais de 200 vereadores e presença em mais de 200 cidades paraibanas.
“Em 2010 o DEM foi fundamental e decisivo”, recordou.

Credenciado
Para Efraim só existe uma pré-candidatura consolidada: a de Ricardo Coutinho (PSB) à reeleição.

Comedimento
O ex-senador evitou avançar nas conjecturas acerca de uma eventual candidatura de Cássio ao governo: “Tenho ouvido dele a defesa da continuidade da aliança com o PSB. Não trabalho com hipóteses”.

Demanda
Um número chamou a atenção na sessão especial da Câmara campinense, ontem, que tratou novamente do risco iminente de um colapso no abastecimento d´água: o consumo médio diário de água do Hospital de Trauma Dom Luís Fernandes é de 176 mil litros.
E as suas reservas não são suficientes para dois dias de consumo.

Luz vermelha
De acordo com alguns técnicos presentes, o ´sinal de alerta´ do açude de Boqueirão ocorrerá quando o volume d´água chegar a 100 milhões de m3.

O detalhe
O manancial estava ontem com 183 milhões 190 mil m3 – 44,5% de sua cota máxima.

´Banho turco´
Durante a sessão, o vereador Marinaldo Cardoso (PRB) revelou que toma banho dentro de uma bacia para economizar água.

Vez e voz
O vereador-presidente Durval Ferreira (JP) criticou ontem a centralização das decisões do PP na família Ribeiro.
“A direção municipal quer participar também dos entendimentos”, avisou.

Ilegalidade
O juiz Ricardo Vital de Almeida – que está tirando as férias do desembargador José Ricardo Porto – considerou ilegal a greve dos servidores da área de Saúde da prefeitura campinense.

Base
A tese foi a recorrente: falta de regulamentação do direito de greve no âmbito do serviço público.

Vai vingar
O prefeito Luciano Cartaxo (PT-JP) disse ontem que “acredita” no projeto de candidatura própria a governador através do bloco PT/PP/PSC, com possibilidade de incorporação de outras legendas.

Avanço
O petista comentou que a conversa com o PEN tem sido “boa”, com “sinalização concreta” para um entendimento.

Contemplativo
Mas ele observou que “tudo ainda está muito na base do diálogo”, e que os atores políticos do Estado “estão muito mais analisando com muita sutileza”.

Está na cara
Cartaxo afirmou que a hipótese de Cássio entrar na disputa “é uma realidade que não podemos fechar os olhos”, citando para embasar a sua opinião “a movimentação com filiações no PSDB e junto aos prefeitos”.
“Os sinais dados são muito claros”, reforçou.
Sem restrições

Ao ser perguntado pelo colunista sobre o grau de intervenção que as alianças nacionais terão sobre as chapas para o governo estadual, Luciano disse que a sucessão presidencial “não pode ser uma camisa-de-força em todos os estados, sem contemplar o cenário estadual”.
– É plenamente possível a gente conciliar os dois interesses (estadual e nacional) – sublinhou Cartaxo, deixando nas entrelinhas a possibilidade de coligações com partidos ´não alinhados´ nacionalmente com o PT.