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Alcaçuz vai ter muro dividindo presídio

 

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O sétimo dia de confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, continuou com o interior do prédio sob o controle dos detentos, apesar de não ter havido novos confrontos como os que foram vistos na quinta-feira (19) e transmitidos ao vivo pela televisão em todo o país. Três feridos foram retirados por cima dos muros da prisão e 11 detentos foram transferidos por ter direito à progressão da pena para o semiaberto.

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do estado, pelo menos 20 presos já foram retirados de Alcaçuz desde ontem. A maioria foi resgatada na madrugada de sexta, segundo a pasta. Foi solicitado que o hospital para onde todos foram transferidos seja mantido em sigilo para evitar tentativas de resgate. O estado de saúde do internos também não foi divulgado.

Outros três homens foram retirados nesta tarde por meio de macas içadas pelo Corpo de Bombeiros. O trabalho foi feito com a ajuda de cordas para ultrapassar os altos muros da unidade, já que as forças policiais estaduais têm acesso livre somente à parte de fora.

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Caio César Marques Bezerra, declarou à imprensa  que a guarda do presídio “está no perímetro externo e nas guaritas”. “O choque e o Bope entraram ontem para definir uma área de não confrontação e estamos mantendo esses limites”, informou. “Temos as guaritas para fazer a proteção e o patrulhamento externo”.

Como medida emergencial para evitar novos massacres em Alcaçuz, o governo estadual deve começar neste sábado a construir um muro entre os pavilhões para dividir as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do Crime do RN. A previsão foi dada pelo secretário Caio César.

De acordo com a assessoria de comunicação da pasta, inicialmente serão instalados contêineres enquanto o muro – que deverá ser de concreto – é levantado. Ainda não foi divulgada a previsão de término da construção da estrutura. “É imprescindível que haja um obstáculo resistente o suficiente para manter as facções separadas”, defendeu o secretário.

 

Fonte: Agência Brasil