Rubens Nóbrega
A última pesquisa Ipespe, com resultados em publicação desde domingo neste Jornal da Paraíba, traz mais um resultado negativo para o governador Ricardo Coutinho.
Depois de ver a sua candidata a prefeito da Capital, Estelizabel Bezerra, segurar a lanterna entre os principais concorrentes e liderar o ranking da rejeição, na edição de hoje do JP ele vai ler que caiu a aprovação do Ricardus I e da sua forma de governar.
Pra piorar a situação, graças à mesma pesquisa Ipespe o monarca poderá constatar que o seu mais novo desafeto político, o prefeito Luciano Agra, de João Pessoa, é capaz de sair por aí exibindo ganhos de aprovação junto ao eleitorado.
Por essas e outras, não me admira ‘se um dia um beija-flor invadir’ a minha casa e revelar que Luciano Agra melhorou sua posição exatamente porque se rebelou contra o jugo que o oprimia, rompendo política e administrativamente com o seu criador.
As oscilações pra baixo e pra cima são discretas nos novos números do Ipespe, é verdade, mas é inegável que há menos de quatro meses das eleições municipais o apoio do governador pode se transformar no principal problema de sua candidata.
Além de ‘contaminar’ a candidatura de Estelizabel Bezerra, o absoluto mostra que o seu governo e sua forma de governar não têm o reconhecimento – muito menos o agrado – da maioria dos cidadãos que vota no principal reduto eleitoral ricardista.
Puxa-sacos em desespero
A nova pesquisa Ipespe deve desesperar ainda mais os porta-vozes e puxa-sacos oficiais e oficiosos do imperador, em especial aqueles que ocupam espaços generosos na mídia para levantar a bola do imperador e queimar o filme da oposição.
Daí ser bem previsível que os bajuladores reais, de ofício ou por encomenda, devem hoje tentar com redobrado empenho desqualificar a pesquisa Ipespe. Para tanto, não hesitarão um segundo em usar até mesmo o argumento do descrédito de pesquisas de outros institutos que eles mesmos contrataram.
Diferentemente do próprio Ricardo. Ao contrário de seus paus mandados, o rei não acusa nem a pau o golpe. Majestaticamente deve ignorar mais essa, como convém a quem está tão de mal com a opinião pública.
Conferindo e comparando
Na pesquisa Ipespe realizada nos dias 16 e 17 deste mês, a atual administração da Prefeitura de João Pessoa obteve 42% de aprovação (8% de ótima + 34% de boa). Na pesquisa anterior, realizada de 26 a 28 de maio, o governo municipal apresentava 41% de aprovação (10% de ótima + 31 de boa).
Já a maneira do prefeito Luciano Agra administrar, que na pesquisa anterior tinha aprovação de 41% (8% de ótima + 33% de boa), na pesquisa dos últimos dias 16 e 17 subiu para 45% (9% de ótima + 36% de boa).
Enquanto isso, se na pesquisa de 26 a 28 de maio o Ricardus I chegou a 37% de aprovação (8% de ótima + 29% de boa), agora caiu para 33% (7% de ótima + 26% de boa). Já a maneira do governador Ricardo Coutinho administrar foi aprovada na última pesquisa Ipespe por 35% (7% de ótimo + 28% de boa) dos eleitores entrevistados na Capital, contra 38% (9% de ótima + 29% de boa) registrados na avaliação anterior.
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Além da suposta mensagem decretando a morte dos envolvidos, fotos dos suspeitos também teriam sido divulgadas.
Mais um desserviço
Mensagem do Professor Menezes dá conta de que mais um serviço de utilidade pública foi desativado ou descontinuado na Paraíba sob o Ricardus I. Leiam, adiante.
***
Meu caro amigo, parece-me que o maior propósito do governo imperial que nos conduz é nos levar para um abismo, que, espero, não seja maior do que o que já ocupamos, pois todos os dias ou quase todos os dias somos bombardeados por informações ou notícias dando conta de irregularidades, mazelas ou malfeitos que já não nos estarrecem, mas bem representam a situação de caos em que estamos mergulhados.
Agora, fui informado de que o Serviço de Atendimento Imediato (SAI-Jus), justiça volante que atendia a casos de incidentes de trânsito de pequena monta com presteza e eficiência, foi desativado há mais de dois meses, em virtude da retirada do apoio da Polícia Militar – diga-se BpTran, às equipes que integravam aquele serviço, dentre outros motivos.
Colhi essa informação de um agente de seguros a quem recorri recentemente, em virtude de ligeiro acidente automobilístico que envolveu pessoa de minha família, em que a parte contrária insistia em convocar a perícia do BpTran, fato que eu considerava desnecessário, vez que os danos sofridos pelos veículos envolvidos eram tão pequenos que podiam ser resolvidos amigavelmente, com a interveniência do representante da nossa seguradora, já convocado e presente ou, no máximo, dada a intransigência da oponente, com muito mais agilidade e presteza pela interveniência de uma equipe do SAI-Jus, ao qual me acostumei, como decerto muitos outros motoristas, atribuir eficiência e rapidez na solução desses pequenos conflitos.
Tentei depois verificar no saite do TJ a veracidade da informação, mas lá encontrei apenas registros referentes à natureza do serviço e uma escala de plantão que cobria apenas os meses de abril e maio de 2010. Assim, vi-me levado a crer em mais um “feito” desse império girassoláico, que faz a Paraíba crescer, como diz a sabedoria popular, para baixo, feito rabo de jumento…
