O deputado estadual Anísio Maia não poupou críticas ao avaliar a aliança entre o prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PSD) e o deputado federal e, agora candidato a vice na chapa do PSD, Manoel Júnior (PMDB). Em entrevista ao Paraíba Já, o petista declarou que Cartaxo terá no palanque o apoio oficial do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é envolvido em vários escândalos de corrupção. Mais do que isso, Anísio declarou que esta aliança foi firmada na surdina e com envolvimento de interesses obscuros.
“A parte de Manoel Júnior não me surpreendeu. Ele é um comerciante da política. Ele é um homem dos acordos escusos e surpreendentes. Não existe política coerente por parte desse povo. Lá pode tudo. Mas, com todo o respeito ao prefeito Cartaxo, ele chegou ao limite. Ele saiu do PT, foi evoluindo e agora de braços dados com que há de mais reacionário na Paraíba e no Brasil. Na verdade, eu nunca vi tanto reacionário junto. Na campanha de Cartaxo vamos ter agora uma representação legítima do senhor Eduardo Cunha. Agora ele vai ter Cunha no palanque”, afirmou, apontando a ligação de Manoel com Eduardo Cunha e sobre as principais personalidades que anunciaram apoio a Cartaxo na semana passada: Marcondes Gadelha e o PSC, Ruy Carneiro e o PSDB e agora, o senador José Maranhão, Manoel Júnior e o PMDB de João Pessoa.
Anísio esclareceu que apenas agora a população está confirmando o que os petistas haviam alegado desde a desfiliação de Luciano Cartaxo do Partido dos Trabalhadores, após 20 anos de carreira política na legenda. É neste momento que o povo está vendo quais são as alianças que o prefeito gostaria de firmar desde o início e que não são afins com a ideologia petista.
“No PT tem limite. Nesses dias que eles estiveram negociando, ninguém sabe o que rolou, nem o que conversaram. Coisa boa não foi, porque se fosse coisa boa pra cidade, era público. Nas caladas da noite, ninguém sabe o que foi negociado. É o maior toma lá dá cá que já pode existir numa cidade foi feita nesses últimos dias. Não se discutiu propostas, não se discutiu projetos, apenas o seguinte: quem fica com o quê, quem leva mais e menos e para onde. Esse é o resultado desta coligação sob o comando de um artista mestre em fazer isso, que é o Manoel Júnior, que aprendeu muito bem com Eduardo Cunha esse ofício”, declarou.
Créditos: Paraíba Já