Afirmação

 Lena Guimarães

Hoje, Dia Internacional da Mulher, é uma boa oportuninade para lembrar que é esse o gênero que tem o poder para decidir quem governa o Brasil e a Paraíba. Os votos femininos representam 52,56% do total na Paraíba e 52,07% no país. Nenhum candidato pode ignorar essa força.

E a mulher não está apenas servindo de escada. A cada eleição tem aumentado o interesse do gênero pela política, que já pode comemorar avanços qualitativos, embora em termos quantitativos ainda deixe a desejar. Temos uma mulher na Presidência da República, mas só elegemos 45 deputadas (8,77% das cadeiras Câmara Federal), sendo apenas uma da Paraíba, Nilda Gondim (PMDB), e 12 senadoras (14,8% das 81 vagas).

Na Assembleia Legislativa, temos cinco deputadas (13,88% das 36 cadeiras): Daniella Ribeiro (PP), Eva Gouveia (PSD), Gilma Germano (PPS), Léa Toscano (PSB) e Olenka Maranhão (PMDB). Dos 223 municípios do Estado, 48 (21%) são administrados por prefeitas. Outras 320 foram eleitas vereadoras (14,6% das 2185 vagas).

No mundo ideal as mulheres teriam 52% dos cargos, já que são 52% do eleitorado. Mas se lembrarmos que há apenas 82 anos não tinham sequer direito ao voto, temos que reconhecer vitória nesse caminhada na era republicana brasileira. Antes, no império, tivemos três Chefes de Estado: Maria I (1815),  Leopoldina (1822) e a princesa Isabel, a que assinou a Lei Aurea, que extinguiu a escravidão, em 1888.

Ocupar postos-chave é importante, mas só se for para fazer a diferença em um mundo ainda muito machista, com empresas que adoram o trabalho feminino mas pagam por ele menos do que ao masculino; que ainda reserva algumas profissões apenas para os homems; que ainda tem leis e autoridades que resistem  a igualdade de gêneros; que protegem e abusam de sua força física ou econômica para escraviza-las.

Fazer a diferença como fizeram as pioneiras Carlota Pereira de Queiroz, nossa primeira deputada federal, eleita em 1933, e Eunice Michiles, a primeira senadora, em 1979. Temos ainda a paraibana Luiza Erundina, a primeira mulher prefeita da maior capital do país – São Paulo, e Ellen Gracie, que presidiu o STF.

Com o poder do voto que têm, as mulheres podem fazer uma revolução, elegendo apenas quem tem compromisso com uma sociedade igualitária e com programas e projetos voltados a esses objetivos. Quem disputa espaços de poder não deve esquecer esse detalhe.

TORPEDO

Atuando diretamente junto às mulheres podemos não apenas ampliar os nossos canais de contato e de convencimento, mas, sobretudo, estimular um número cada vez maior de mulheres a dividir com os homens o comando dos destinos da sociedade.

Da deputada Nilda Gondim, presidente do PMDB Mulher, que hoje homenageará o gênero durante café da manhã no Busto de Tamandaré.

Conversa tucana

O PSDB denominou de “Conversa com os paraibanos” as consultas que fará aos seus filiados, a partir do dia 21, sobre o caminho que deve seguir nas eleições deste ano: se lançam candidato ou apoiam nome de outro partido.

Conversa tucana 2

O primeiro de 10 encontros que o PSDB pretende realizar será dia 21, em Patos, reunindo as cidades que polariza. No dia 24, será a vez de Guarabira, administrada pelo tucano Zenóbio Toscano, fechado com a candidatura de Cássio.