O ano de 2024 assinalou conquistas expressivas por parte do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), tanto do ponto de vista pessoal como do ponto de vista do seu comando à frente de um Poder que cada vez mais se consolida na hierarquia de mando estadual. A reeleição de Adriano para presidente da Casa de Epitácio Pessoa esbarrou numa jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal para casos de outras Assembleias que haviam realizado escolhas antecipadas para preenchimento de cargos na Mesa. Adriano, agindo de forma diligente, recorreu a um atalho para evitar que a ALPB fosse alcançada pelo dispositivo judicial, anulando o pleito antecipado, ocorrido em 2023, quando obteve unanimidade, e convocando nova eleição. Saiu consagrado, novamente com apoio unânime dos seus pares, e capitalizou a argúcia em revestir de legalidade o processo interno, escoimando-o de quaisquer resquícios de vício ou de ilegalidade. Evidente que a articulação reforçou o cacife de Adriano Galdino no cenário de poder na Paraíba.
Um outro acontecimento, em paralelo, que lhe garantiu notoriedade na mídia até o final deste ano, foi a sua decisão de lançar-se pré-candidato a governador nas eleições de 2026 dentro do Republicanos e do grupo político que dá sustentação ao esquema liderado pelo governador João Azevêdo (PSB), com quem Galdino mantém estreitas relações. O parlamentar deixou claro que além de constituir uma pretensão legítima de sua parte, como coroamento da trajetória de repercussão que desenvolve na política paraibana, a sua candidatura ao Executivo é uma opção que pode conciliar interesses dentro do próprio PSB, partido do governador João Azevêdo, onde não faltam postulantes à sucessão deste. A postulação de Adriano, a princípio encarada como inviável, ganhou naturalmente o respeito de líderes políticos de expressão, como o próprio Azevêdo (este alertando, apenas, para a cautela de não precipitar posições) e o deputado federal Hugo Motta, futuro presidente da Câmara e dirigente do Republicanos no Estado, que avalia estar Adriano credenciado para esse desafio. Com as manifestações ostensivas de apoio que recebeu, Adriano ganhou fôlego e passaporte para figurar no primeiro time dos nomes cogitados para a campanha ao Executivo na sucessão de João Azevêdo.
Os movimentos encetados pelo deputado Adriano Galdino chamam a atenção de líderes políticos concorrentes porque espelham autenticidade de opiniões e, mesmo, de ambições legítimas no jogo político. O deputado-presidente da Assembleia Legislativa ganhou fama justamente com sua postura de jogar aberto e de cumprir compromissos ou palavras empenhadas. Entre colegas de Parlamento, mesmo aqueles que militam no bloco oposicionista, Adriano não apenas é acatado como é cortejado para alianças ou composições, e em pelo menos uma ocasião enfatizou que, no papel de pré-candidato a governador, não teria dificuldades em dialogar com segmentos de oposição, embora proteste lealdade ao governador João Azevêdo. Esse seu comportamento foi testado nas eleições de 2022 quando seguiu o mandamento do Republicanos no sentido de engajar-se na campanha do governador João Azevêdo à reeleição, mas ao mesmo tempo manter o pacto de apoio à candidatura de Efraim Filho (União Brasil) ao Senado. Esse pacto fora firmado quando Efraim estava, ainda, na base do governador João e esperava o apoio dele ao Senado. Efraim acabou compondo a chapa oposicionista liderada por Pedro Cunha Lima (PSDB) que disputou o segundo turno com Azevêdo.
O planejamento tático de Adriano, em termos pessoais, para o pleito de 2026, passou a envolver, nos últimos dias, uma provável candidatura ao Senado, diante da hipótese de que o deputado Hugo Motta, uma vez eleito presidente da Câmara, seja candidato à reeleição a esta Casa lá na frente. O que não parece sensibilizar Galdino é a vaga de vice-governador na chapa do esquema de Azevêdo no futuro à vista, como ele já patenteou. De qualquer forma, a provável candidatura do presidente da Assembleia Legislativa ao Palácio da Redenção está massificada em redutos eleitorais de diferentes localidades e regiões do interior paraibano. Ele ganhou visibilidade, inclusive, desde que instituiu as caravanas da chamada Assembleia Itinerante, com sessões ordinárias ou especiais realizadas em várias cidades, para discussão dos problemas e demandas específicas e encaminhamento através dos deputados, com prioridade para os representantes de cada área. Essa experiência colocada em prática por Adriano contou pontos a seu favor junto a deputados do Brejo, do Sertão, do Cariri, da microrregião de Campina Grande, pelo caráter pedagógico da aproximação do Legislativo com as comunidades carentes.
O recorte das gestões de Adriano Galdino à frente da Assembleia Legislativa da Paraíba tem mostrado que ele é um parceiro eficaz e cooperativo do governo do Estado, na tramitação e aprovação com urgência de matérias relevantes de interesse público que são submetidas à apreciação da Casa de Epitácio Pessoa. Tratado pela mídia como “sócio da governabilidade”, ele já obteve reconhecimento expresso do governador João Azevêdo pela colaboração oferecida – muitas vezes fazendo, até mesmo, o papel informal de líder do governo, além de atuar nos bastidores junto a deputados de oposição para demover resistências a projetos que podem parecer polêmicos mas que são de utilidade pública, na sua visão. Fechando com chave de ouro o ano de 2024, Adriano Galdino pôde celebrar a conquista de mais um prêmio pela Assembleia da Paraíba, que foi consagrada com o Prêmio Assembleia Cidadã mediante projeto inovador que serve de referência para Legislativos de outros Estados. É com esse saldo na bagagem que o presidente reeleito prepara-se para os próximos embates, confiante no seu poder de articulação e na capacidade de liderança que até aqui tem demonstrado.