Os adolescentes podem achar que é só brincadeira, mas compartilhar cenas de nudez, sexo ou pornografia por Whatsapp agora é crime. Com a aprovação de um projeto de lei no Senado na última quinta-feira, o compartilhamento de imagens, que era considerado contravenção penal, passaram a ter penas mais rígidas. Na prática, quem repassar vídeos ou fotos de estupro ou que façam apologia e imagens que mostrem cenas de conteúdo pornográfico sem o consentimento da vítima, pode ser punido com um a cinco anos de prisão.
“Se for trabalhar um texto de língua portuguesa, pode usar um material que fale de intolerância na internet. Estará ensinando português e indiretamente lidando com valores morais e éticos”, explica Kelli. Os pais podem, portanto, cobrar da escola que essas questões sejam trabalhadas em sala de aula.
Sueli Cain de Oliveira, diretora pedagógica do Mater Dei, de São Paulo, explica que, além de discutir o uso da tecnologia, é necessário trabalhar valores como empatia e respeito em sala – as chamadas competências socioemocionais. O colégio é o primeiro do Brasil com selo de referência Google em tecnologia educacional.
“Não adianta tirar o celular do jovem, porque respeitar as mulheres é uma questão de valor”, afirma, referindo-se ao compartilhamento de imagens ofensivas às meninas. “Tenho 59 anos, no meu tempo faziam desenhos pornográficos e colocavam nosso nome. Então o caminho não é demonizar a internet, mas sim ensinar sobre cidadania e respeito ao próximo.”
Fonte: UOL
Créditos: UOL