Uma nova febre está tomando conta da criançada, são pulseiras coloridas feitas com elásticos. Com certeza você ja viu alguma criança com o acessório.
Recentemente sites divulgaram que o material elásticos dessas pulseiras seriam tóxicos e ricos em ftalatos (substância cancerígena).
A Proteste – Associação de Consumidores enviou, nesta quarta-feira, um ofício ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedindo que os órgãos fiscalizem e recolham do mercado os acessórios e elásticos usados para fazer as pulseiras e anéis conhecidos como “loom band charms”.
No Brasil, em lojas e até em bancas de jornais, são vendidos pacotes com elásticos, fechos e um gancho que ajuda a tecer as pulseiras. Em alguns estabelecimentos, o kit é completo, incluindo também uma espécie de tear para produzir as pulseiras. Os pingentes ainda não são comuns no país, mas não significam que não tenham entrado materiais importados.
NO BRASIL, RESPONSABILIDADE É DO INMETRO
O Inmetro informou que todo produto lúdico que se destina ao uso por crianças de até 14 anos é considerado brinquedo e, por isso, para ser comercializado no Brasil, deve apresentar o Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro. O selo é a garantia de que o produto passou por testes e atende aos requisitos mínimos de segurança estabelecido pelo Inmetro e a normas do Mercosul. De acordo com o instituto, há apenas um brinquedo de pulseiras de elástico certificado, o Fábrica de Pulseiras, da Estrela.
A presença de ftalatos em brinquedos é regulada pela portaria Portaria nº 369 de 2007. O texto determina que os ftalatos de di (2-etil-hexila) (DEHP), de dibutila (DBP), e de benzilbutila (BBP) “não devem ser utilizados como substâncias ou componentes de preparações em concentrações superiores a 0,1 % em massa de material plastificado, em todos os tipos de brinquedos de material vinílico”. Os mesmos ftalatos e mais os de di-isononila (DINP), de di-isodecila (DIDP) e de di-noctila (DNOP) “não devem ser utilizados como substâncias ou componentes de preparações em concentrações superiores a 0,1 % em massa de material plastificado, em brinquedos de material vinílico destinados a crianças com idade inferior a 3 anos”.
– Há um risco muito grande quando se compram produtos infantis no chamado comércio ilegal, sobretudo quanto a presença de substância tóxicas em limites acima do permitido. O consumidor só deve adquirir brinquedos que ostentam o selo de identificação da conformidade do Inmetro e que sejam adequados à faixa etária da criança, além de seguir as instruções de uso do produto especificado – disse Alfredo Lobo, diretor de Avaliação da Conformidade do Inmetro.
Estamos de olho e todo cuidado com a saúde das nossas crianças nunca será exagero.
Fonte: O Globo