Por Rubens Nóbrega
Prezado Rubens, fato acontecido com parente da sua colega Edileide Vilaça (apresentadora da CBN João Pessoa) me levou a escrever o comentário abaixo. A ela e à família, a minha solidariedade.
Não é segredo para ninguém que a violência assola o nosso país, em especial nosso sublime torrão, a Paraíba. Estamos numa verdadeira guerra. E os cidadãos de bem estão perdendo. Parece que estamos em plena barbárie.
São inúmeras mortes. Sem contar com todos os outros tipos de violência. E os governos, em todos os âmbitos, não nos dão uma resposta à altura. Até quando?
Legisladores não modificam as leis. Judiciário não aplica numa proporção mais rígida a legislação. Governantes reforçam sua segurança e blindam seus veículos.
Às vezes, parece-me que os cidadãos brasileiros estão levando ao pé da letra o salmo 91:7: “Mil cairão ao teu lado, dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido!”.
Quem dera esse fosse o motivo do nosso conformismo!
O povo brasileiro, que se mobiliza para shows, jogos, campeonatos, copas, festas, paradas gays, marchas da maconha, sequer nos movimentos de rua deflagrados no decorrer deste ano foi capaz de perceber a necessidade de lutar por mais investimentos e por uma política de segurança pública mais séria. Raramente se viu algum cartaz em alusão ao problema.
O crime está cada vez mais próximo da nossa porta. Quem não tem na família ou dentre os amigos um caso de violência, de vítima de assalto ou assassinato? Vamos esperar até quando para deflagrar movimentos sérios, apartidários, que empolguem a sociedade nesta luta desigual e injusta que tem os cidadãos de bem como derrotados?
A depender da boa vontade de nossos políticos, morreremos todos.
A estrutura está deficiente, em todos os níveis. Faltam policiais federais, rodoviários, militares, civis, delegados, agentes… Sem contar com baixos salários em muitos dos casos.
O governador do Estado, no nosso caso, prometeu em seis meses resolver o problema da segurança pública, chamando para si a responsabilidade. Agora todo mundo justifica que é um problema nacional. Pergunto: o então candidato não sabia o que estava prometendo? Não tinha a perfeita dimensão do problema?
Não me interessa se o problema é nacional, exijo uma segurança mais eficiente. É para isso (também) que pago meus impostos. E pago muito! Só de imposto de renda, vai quase um terço de tudo que recebo! Sem contar com os outros impostos e taxas.
Lembremo-nos que segurança pública é dever do Estado e direito do povo brasileiro. Comenta na tua coluna, amigo.
Abraço, Adoniran.
A resposta do colunista
Grato, mais uma vez, pela confiança. Estava viajando. Retornei hoje de madrugada. Vou me aproveitar do seu texto na coluna de sábado (19). Para preservar o autor, devo criar um nome fictício para identificá-lo. Salvo, é claro, se você quiser assinar o texto.
“Em tempo de ditadura…”
O autor do comentário que abre a coluna de hoje (e que me chegou através do i-meio) preferiu manter-se anônimo. Sei e compreendo os seus motivos. Os demais leitores também compreenderão, agora, na transcrição da resposta dele ao colunista, como segue:
– Não é necessário colocar meu nome, caro Rubens. Pode colocar o nome que quiser. Em tempo de ditadura, eu prefiro. Se preferir, pode aproveitar somente a ideia e dar o seu ponto de vista. Fique à vontade para modificar, cortar, acrescentar, enfim, lapidar a ideia.
Disse-lhe, na última remessa sobre o assunto, que o texto estava perfeito e necessitaria, quando muito, brevíssimos retoques. Mas esqueci de lamentar que ele seja vítima de outro tipo de violência, tão cruel quanto aquela, física, que fere e mata.
O leitor que qualifica este espaço é mais um atingido pelo autoritarismo e arrogância que oprimem, perseguem e retaliam a livre manifestação e as liberdades de crítica, de opinião e de expressão, enfim, que vivem os seus piores dias na Paraíba de hoje.
Possível fraude no cash
O jornalista Arael Costa enviou-me cópia de aviso muito estranho que recebeu ontem pela manhã. ‘Assinado’ por um tal SISBB – Sistema de Informações Banco do Brasil, o suposto comunicado diz assim: ‘Prezado cliente, evite o cancelamento de seu cartão. Observações: atualize seu chip e letras agora (neste terminal)”.
Arael desconfia de tentativa de golpe em caixas eletrônicas situados em locais de risco, “como os instalados em pontos mais remotos de cidades, principalmente as de menor porte, postos de gasolina, quiosques de atendimento e outros”. Ele apresentou o papel à sua agência do Banco do Brasil, mas…
“Eles me disseram ainda não ter informações sobre essa ocorrência, mas a reconheciam como uma possibilidade e, pelo sim ou pelo não, iam submeter a informação, com a imagem, ao setor de segurança, para investigação”, acrescenta o jornalista, que fez – e fez muito bem – da sua desconfiança um alerta para quem possivelmente se deparar com o tal aviso.