Marcos Tavares

No final de semana que passou, a sociedade paraibana foi informada da morte trágica de um médico no litoral da capital enquanto praticava um radical esporte aquático. O que leva o ser humano a desafiar sua capacidade e enfrentar o perigo de perto?

Historicamente o homem tem enfrentado desafios, seja para provar sua virilidade, seja pela pura emoção que a adrenalina provoca à beira do perigo. Gladiadores se enfrentavam em Roma e nem todos eram escravos. Cavaleiros se batiam em justas na Idade Média e muitos deles perdiam a vida. Na era Vitoriana, o duelo com espadas ou pistola era uma forma cavalheiresca de resolver divergências.

Todo esporte radical tem suas regras e suas defesas. Praticantes e mestres insistem em garantir a absoluta segurança de algo que absortamente não é seguro. Testemunhas disseram que o médico falecido tentou desesperadamente desembarcar-se do equipamento, mas seu fecho falhou. Falhou porque tudo que é mecânico um dia enguiça, seja por falta de manutenção, seja por desgaste ou má sorte e nesses esportes ditos radicais um enguiço significa a morte ou uma mutilação como aconteceu com o cantor Herbert Viana quando desabou com seu ultraleve nos céus de Brasília.

Essa morte não vai afastar os adeptos da emoção de suas práticas. Motociclistas, nadadores, surfistas, skatistas e paraquedistas continuarão arriscando a vida em busca de emoção, certos de que sua habilidade e treinamento os salvará de qualquer ocorrência mais grave. Às vezes isso não acontece como no caso do médico. E então só restam lamentações e explicações, duas coisas que não devolvem a vida a ninguém e um súbito vazio na família e junto aos amigos, uma emoção negativa para quem procurava no esporte emoções positivas.

Paternidade
Ninguém quer falar sobre o assunto, mas nos bastidores a vinda da presidente Dilma Rousseff está causando frisson na Paraíba. É que existem muitos pais dessa vinda e cada um deles puxa a brasa para sua sardinha.

O ministro Aguinaldo Ribeiro se credencia por ter convidado a presidente e se diz autor da façanha. O PT, em polvorosa, debita à vitória de Cartaxo essa chegada da presidente.

Por seu turno, o governador Coutinho também se apresenta como anfitrião maior e garante ter feito gestões para tirar Dilma desse isolamento que mantém com o Nordeste.

Águas

No entretanto, a visita de Dilma, com as obras do São Francisco paralisadas e a seca queimando a região e o Estado, deve ser pouco proveitosa. Nossos deputados devem aproveitar a oportunidade para fazer cobranças, mesmo que ela venha inspecionar adutoras.
Dilma teria de chegar com alguma coisa impactante, ou sua visita vai se limitar a banquetes e salamaleques oficiais sem nenhum proveito para o Estado.

Seja quem for seu anfitrião.

Dividindo

Sem orçamento próprio, o secretário municipal da Segurança, Geraldo Amorim, vai ter de se socorrer do governo federal.

Como o bolo não aumenta as verbas, agora devem ser repartidas entre Estado e município. Uma esmola para dois.

Saída

Roseana Meira, depois da secretaria, perde igualmente a presidência do Conselho de Secretários Municipais da Saúde, e ela própria convoca para sua despedida a categoria.

Toda saída é traumática.

Liberou

Liberou geral na Câmara Municipal de João Pessoa. Tudo que vem do Paço Municipal é aprovado sem emendas ou rasuras.

Dois dias foram suficientes para que se criassem mais duas secretarias.

Fora

O deputado paraibano Wilson Santiago Filho foi afastado da Comissão da Amazônia por total desconhecimento do tema.

Quem é criado na caatinga jamais pode entender uma floresta.

Cotação

Cresce a cotação do jovem vice-prefeito de Campina Grande, Ronaldo Cunha Lima Filho.

Ele é constantemente lembrado como companheiro de chapa ideal para a reeleição de Coutinho.

Venda

A prefeitura diz que vai vender nosso carnaval aos turistas. Que carnaval, pergunto eu?

Carnaval aqui acontece uma semana antes. No chamado tríduo momesco ninguém bate nem um bombo.

Frases…

Partidário – Nunca mande um político tomar partido. Ele toma e nunca mais devolve.

Errando – Você será mais lembrado pelos erros que pelos acertos.

Memória – Você não é o que lembra. É o que os outros lembram de você.