A queda de braço

Cristiana Lobo

Ao mesmo tempo em que a presidente Dilma Rousseff convocou os ministros políticos a trabalharem neste fim de semana para mobilizar as bancadas aliadas a fim de assegurar quórum para votar nesta segunda-feira (13) a MP 595, que trata da modernização dos portos, o líder do PMDB, Eduardo Cunha, começou a trabalhar em sentido contrário. Ele está telefonando a todos os deputados da bancada pedindo que não estejam em Brasília na segunda e sim na terça-feira (14) para votar a matéria.

Ele está explicando aos correligionários – e liderados – que o objetivo é pressionar o governo com o tempo exíguo a negociar mudanças na medida provisória. Ele insiste na emenda de obrigar a licitação para a renovação dos contratos de todos os portos – os de concessão anterior a lei de 1993 (que pela proposta do governo terão direito à prorrogação) e também os que têm concessão a partir desta data.

A presidente Dilma Roussef não quer negociar as mudanças na medida provisória, menos ainda para atender a esta proposta de Eduardo Cunha. Aliás, tudo o que for apontado como proposta de Cunha, a ordem da presidente é analisar com lupa. E de preferência, rejeitar.