A perversidade das cotas

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Marcos Tavares

Como já era de esperar, o sistema de cotas para afrodescendentes começa a naufragar. Os primeiros estudos verificados nas diversas universidades mostram que os que entram pelo regime de cotas, sejam elas de que tipo for, não possuem a capacidade de acompanhar o ano letivo como os outros alunos, e isso está gerando uma queda nos programas, já que boa parte da turma, selecionada em cotas, precisa ser tratada diferentemente. Estava claro que essa suposta benesse iria prejudicar mais que beneficiar, pois não se trata de cor de pele, mas, sim, do grau de instrução que cada um possui e isso não se faz por decreto.

Nunca entendi como as entidades e os defensores de negros, índios e outras minorias viram esse sistema de cotas como um avanço, quando ele na realidade é a mais pura segregação e está imbuído interiormente de um profundo desrespeito pelas classes que ele diz beneficiar. Ao aceitar negros e índios com menos capacidade escolar, o Governo se penitencia por não ter dado a esses alunos a instrução pública que mereciam e, assim, ao invés de corrigir o erro que é na base, ele ataca a ponta e posa de caridoso, facilitando a entrada na universidade de quem não tem condições para isso.

Acredito que essa mácula das cotas vá acompanhar esses estudantes o resto da vida, pois no mercado de trabalho não existem cotas, mas uma competição desenfreada onde cada um tem de provar que é melhor que o outro. Discriminados dentro da universidade e na sala de aula, como eles poderão enfrentar a concorrência de um sociedade que exige cada vez mais instrução e especialidade? Ainda é tempo de revermos esse erro e, ao invés de cotas, nivelar todos pelo bom ensino, como acontecia com a escola pública até ela ser destruída pela própria sociedade.

Rebuliço

A candidatura da secretária Estelizabel começa a atrair problemas para o Governo. O prefeito de Santa Rita, Reginaldo Pereira, foi o primeiro a abrir baterias contra Estela por considerar que ela tem uma posição privilegiada e com isso ataca currais que Reginaldo tinha reservado a seu filho, também candidato.

Erra Reginaldo a bater de frente com pessoa bem cotada no Governo e uma das poucas que o governador Ricardo ouve. Com esse comportamento, ele pode afastar cada vez mais o apoio governamental a sua administração e as pretensões do seu pupilo.

Tá na cara.

Silencia

Uma pálida e pequenina nota de jornal informa que o Ministério Público denunciou os envolvidos na operação ‘Astringere’, que inclui um juiz, um delegado e vários advogados.

O caso corre em completo silêncio, com segredo de justiça e de mídia. Fossem os envolvidos menos importantes, estariam nos programas populares expostos à chacota e à violência de um certo tipo de imprensa.

Queda

O Brasil registra esse mês o pior índice na sua balança comercial. O que mostra que, com a globalização, ninguém está vacinado contra uma crise mundial.

Caótico

Tiros dentro de um Fórum judicial, onde partes envolvidas num processo saem na bala.

Se a violência chega ao sacrossanto recinto judiciário, onde ela irá parar?

Sujeito

O ex-Maranhão não perde a oportunidade de alfinetar Ricardo pela doação de verbas à Vila Isabel.

Não ligou para o provérbio que diz que quem não gosta de samba bom sujeito não é.

Toco

Alguns prefeitos estão pensando em acionar o MP contra a ação de alguns radialistas que colocam a corda no pescoço dos gestores.

Ou gordas propinas, empregos para familiares, ou a queimação diária nos seus programas. Coisa feia!

Viajando

O deputado Ricardo Marcelo pretende levar seu PEN para o interior do estado.

Uma mostra de que a legenda veio mesmo para valer.

Cubanização

Dilma autoriza a contratação de médicos estrangeiros para atender cidades do interior brasileiro, esnobada pelos nossos profissionais.

Onde se lê estrangeiros, leia-se cubanos. E viva o Cuba Libre!

Frases…

Vagareza – Devagar não se vai tão longe assim.

Jogando – Cartas de baralho e cartas de amor. Ambas fazem um jogo perigoso.

Pegajoso – De Veríssimo: só acredito naquilo que posso pegar. Não acredito em Ana Hickmann, por exemplo.