A guerra dos gêneros

Marcos Tavares

Na minha modesta e não solicitada opinião, o erro crasso do feminismo foi tentar fazer as mulheres iguais aos homens. Elas são diferentes. São diferentes biologicamente, sensorialmente e até sociologicamente. Mulheres e homens reagem de maneira distinta aos mais diversos estímulos e tentar ignorar esse fato é bater de frente com uma verdade científica. As mulheres e os homens são equivalentes, isso eu concordo plenamente. As mulheres têm todas as condições de chegar ao mesmo patamar intelectual dos homens, podem fazer quase todas suas tarefas e absolutamente não devem ser consideradas num plano inferior ao seu equivalente masculino. Só não são iguais.
No mundo animal não existem casais iguais. Os leões dominam o bando de leoas que caçam para ele, mas entre as elefoas são as matriarcas que comandam o grupo. A natureza, sabiamente, sempre destacou um dos gêneros como líder e nem sempre por sua força física. No capítulo da estética, os machos são mais ornados como pavões e aves-do-paraíso para com essa beleza atrair suas fêmeas. No mundo humano é a mulher que se atavia para chamar a atenção do macho e irritar suas melhores amigas. O importante é que não existe igualdade absoluta entre os gêneros do mundo animal.
O feminismo surgiu queimando sutiãs e detestando homens. Um caminho errado. Hoje, pacificado o furor inicial, as mulheres entenderam o homem como seu parceiro e seu complemento, assim como o homem deixou de temer a mulher como uma concorrente do seu mundo. Hoje a mulher trabalha e divide as despesas da casa sem que isso ofenda a masculinidade do marido. Mas os exércitos que tentaram colocar mulheres na batalha falharam. Falta a elas o instinto combativo primitivo da espécie homem e em Israel elas largaram as armas e voltaram aos serviços burocráticos. Nada como sermos semelhantes mais distintos. Como dizem sabiamente os franceses, vive la diferençe.
Tratamento
É notável a diferença de tratamento da mídia nacional para dois fatos de igual importância: as chuvas torrenciais na região serrana do Rio e a seca que devora o Nordeste.
O Rio, ao primeiro sinal de chuvas ganhou as manchetes dos principais jornais e televisões, enquanto a seca que castiga há meses os nordestinos dificilmente consegue um retalho de pé de página.
Tudo bem que as redes possuem suas sedes no eixo Sudeste, mas isso não é motivo para desconhecer olimpicamente a fome, a miséria e a dor de milhares de irmãos brasileiros tão ou mais sacrificados que os cariocas.

Calote
Fica ainda mais trágico para o ex-prefeito Veneziano Vital dizer que deixou dinheiro em caixa. Se ele tinha esse dinheiro, por que não pagou os funcionários, os fornecedores a quem devia e por que deixou a cidade enterrar-se no lixo?
A acreditar em Veneziano e na sua herança, ele não pagou porque não quis essas obrigações comezinhas que fazem o dia a dia de qualquer gestor.
Imaginem esse caos multiplicado pela Paraíba inteira…