A tendência majoritária é de apoio à candidatura do governador socialista, Eduardo Campos
O PPS iniciou ontem o congresso nacional do partido dividido quanto à postura da sigla nas eleições de 2014.
A tendência majoritária, liderada pelo presidente nacional, Roberto Freire, é de apoio à candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Entretanto, há ainda quem defenda candidato próprio ou aliança com o senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB na sucessão de Dilma Rousseff. O apoio a Campos é defendido por quatro diretórios estaduais –Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo. Os 80 delegados do PPS paulista têm historicamente peso nas decisões em caráter nacional.
“Ganha corpo no partido a formulação de um indicativo de apoio à candidatura de Campos”, explicou Freire.
No congresso, que acontece até amanhã na capital paulista, será elaborado um documento em que o PPS sinalizará sua decisão para 2014. Discute-se internamente em que medida o texto deve declarar apoio explícito ao pernambucano ou apenas indicar uma aproximação a forças políticas que “se desgarraram do governo federal”.
O PSB entregou os cargos que tinha no governo Dilma em setembro deste ano.
POSSIBILIDADES – Os diretórios de Rio de Janeiro e Minas Gerais, que juntos somam 68 delegados, querem o partido ao lado de Aécio Neves, que atuou pessoalmente para impedir que o PPS anunciasse já no congresso o apoio a Campos.
Ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente do PSDB-SP, Duarte Nogueira, compareceram ao congresso em aceno ao possível aliado.
O apoio do PPS é mais simbólico do que prático, visto que a sigla tem apenas sete deputados federais e 16 segundos no horário eleitoral. Para o PSDB, porém, a aliança evitaria a imagem de isolamento de Aécio, que conta apenas com o apoio do DEM.
Os diretórios de Ceará e Paraná do PPS defendem candidato próprio e apostam no nome da ex-vereadora de São Paulo Soninha Francine.