Nunca se viu um clima tão intenso de pânico e apreensões entre o funcionalismo público estadual como se vê atualmente. O governador Ricardo Coutinho conseguiu em apenas cem dias de gestão se credenciar como o político mais antipático perante o funcionalismo público estadual.
Foram mais de vinte mil pessoas demitidas numa só canetada, logo no início do governo, sem dó, nem piedade, apenas usando o argumento de que era determinação do Ministério Público e nada mais e que o estado não poderia descumprir a lei.
Com isso, milhares de paraibanos foram jogados no olho da rua, perderam o “ganha pão”, atrasaram contas, ficaram sem a feira para o sustento da família, além do relato de muitos cidadãos que entraram em crises de depressão e outras que chegaram a tentar o suicídio, numa prova do mais completo desespero social.
E não foi só isso que verificamos nesses primeiros meses de um governo que foi eleito com o voto e apoio da grande maioria do funcionalismo público. Milhares tiveram corte nas suas gratificações, centenas assistiram a diminuição nos seus vencimentos e sem esquecer que o governo presenteou a todos com a instituição do expediente em dois turnos.
Além desses fatores, outros podem ser resgatados na nossa lembrança desses últimos três meses. A PEC das policias não pode ficar de fora da lista. O governo disse que não pagava e tudo foi resolvido conforme queria o governador e sua equipe. Agora, aumento para os policiais é um sonho distante e nada mais.
No tocante ao funcionalismo público estadual, o governador Ricardo Coutinho comemorará os cem primeiros dias de sua gestão cortando um bolo recheado de greves, protestos e insatisfações, que surgem de setores importantes e decisivos na estrutura administrativa estadual.
Nilvan Ferreira