Viver bem: Bons hábitos ajudam a conviver com o diabetes sem perder a qualidade de vida

A produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou a resistência à ação da insulina produzida caracteriza o diabetes, uma doença que não tem cura. O problema se agrava ainda devido à falta de sintomas na fase inicial. Porém, com acompanhamento, é possível identificá-lo.

O aposentado Arinaldo Fonseca Marques descobriu o Diabetes Mellitus muito cedo. Devido ao histórico de casos na família, ele sempre realizou os exames de rotina, e o diagnóstico veio aos 20 anos. “Antes de saber da doença, eu não tinha muito cuidado com a saúde. Foi então que recebi o diagnóstico da elevação da glicose no sangue e, após isso, comecei a me cuidar e a controlar as taxas. Hoje, aos 57 anos, eu tenho uma vida normal”, comenta ele, que participou do Grupo Saúde na Medida, projeto de promoção da saúde da Unimed João Pessoa.

Com alimentação equilibrada, medicação e todo cuidado, Arinaldo mantém as taxas controladas. “É essencial ter a consciência do quanto é importante se cuidar. Por isso, sigo as recomendações alimentares, evito comidas que prejudicam e, quando as taxas alteram um pouco, tomo o remédio receitado pelo endocrinologista”, conta.

Segundo ele, os ensinamentos durante os encontros do Grupo Saúde na Medida foram essenciais para conviver bem com o problema. “Estou desde o começo seguindo as recomendações dos profissionais. É um bom trabalho que a Unimed JP faz neste cuidado com as pessoas, porque se a gente leva isso a sério, tem muita melhoria na vida”, ressalta.

O grupo existe desde 2004 (inicialmente se chamava Grupo de Educação em Saúde em Diabetes), é pioneiro no Nordeste e já beneficiou mais de 1,7 mil clientes, médicos e funcionários da Unimed JP que têm diabetes ou pré-diabetes. No momento, as atividades estão suspensas por causa da necessidade de distanciamento social.

Tipos da doença – Existem diferentes tipos de diabetes. O tipo 1 é consequência da destruição das células produtoras da insulina, geralmente de natureza autoimune. Acomete principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens. Já o tipo 2 está relacionado a dois problemas básicos: defeito na produção da insulina e dificuldade na ação da insulina. Está comumente associado à obesidade e ocorre com mais frequência depois dos 30 anos de idade, mas tem sido observado cada vez mais precocemente devido à obesidade na adolescência.

O terceiro tipo é o Diabetes Mellitus Gestacional, que acontece geralmente no terceiro trimestre da gestação devido aos níveis elevados de hormônios que dificultam ação da insulina, mas tende a regredir após o parto.