As coisas não estão nada fáceis para a classe política atualmente. Para Raoni Vita, advogado do prefeito afastado de Bayeux, Berg Lima, existe na sociedade um clima de indignação com essa categoria como um todo, devido ao momento em que o Brasil atravessa.
Ele diz que hoje em dia “é mais fácil advogar para um homicida do que para um político”, por existir uma tentativa de alguns setores de criminalizar a política, de modo que é complicado presumir que um político é inocente.
O advogado foi entrevistado na tarde desta quarta-feira (25) no programa Tambaú Debate, da TV Tambaú. Ele está à frente do processo de defesa de Berg Lima, prefeito afastado da administração do município de Bayeux em julho deste ano, por ter sido flagrado em um vídeo onde ele teria recebido propina de um funcionário da prefeitura.
Raoni Vita ainda comentou sobre outro vídeo divulgado esta semana na imprensa, que retomou as discussões a respeito do caso. Nas imagens, o vice-prefeito de Bayeux à época, Luiz Antônio, que hoje é prefeito interino, aparece tentando vender o vídeo de Berg Lima para um empresário, um dia antes da prisão do prefeito afastado.
“Esse vídeo reforça a nossa tese, que na verdade é a versão que o próprio Berg apresenta, de indignação com o que aconteceu. Ele casa com duas das nossas principais linhas de defesa. A primeira é de que houve um flagrante preparado pelo próprio Supremo Tribunal Federal, que é um ato ilícito, e que não pode ser tido como uma prova viável de ser utilizada em um processo judicial”.
“E a segunda é uma conspiração para tirar Berg Lima do poder. Talvez a intenção não fosse nem prender ele, mas que havia um objetivo de tirar ele da cadeira de prefeito de forma ilícita, isso está explícito no vídeo”, relata o advogado.
Raoni Vita ainda reforça que a conversa entre o prefeito e o empresário não tem em nenhum momento um teor ‘republicano’. “São vários momentos em que o vice-prefeito aparece solicitando R$ 100 mil reais ao empresário, pra que pudesse juntar com outros R$ 100 mil que ele já tinha dentro do seu carro, completar R$ 200 mil e pagar uma parte ao cidadão que ele intitulou como ‘o cara da fita’”, explica.
Fonte: portal t5 – TV Tambaú
Créditos: Vitor Feitosa