Em uma nova etapa do processo de interiorização de solicitantes de refúgio, 70 venezuelanos chegarão à João Pessoa (PB) em busca de oportunidades por um futuro melhor. Ao todo, são 15 famílias a serem acolhidas pelo programa da organização humanitária internacional Aldeias Infantis SOS, para alcançarem uma vida autônoma e integrada, social e financeiramente.
São 69 pessoas, que fazem parte de 15 grupos familiares e estavam em Boa Vista entre 2017 e 2018. Ao todo, 14 bebês (0-05 anos), 17 crianças (06-14), 8 jovens (15-21), 30 adultos (22-60).
Embora os venezuelanos desembarquem nesta terça-feira (28), a Aldeias Infantis SOS oferece uma coletiva de imprensa para conversar com os venezuelanos que passarão a viver em João Pessoa no dia 29 de agosto, às 14h. Além de representantes das organizações e do governo, estarão presentes porta-vozes voluntários do grupo de venezuelanos. A imprensa também será convidada a conhecer o espaço em que eles viverão.
A interiorização é uma iniciativa criada para ajudar venezuelanos em situação de extrema vulnerabilidade a encontrar melhores condições de vida em outros Estados brasileiros. Todos os solicitantes de refúgio e migrantes que aceitam participar da transferência para outras cidades passam por uma sessão de orientação sobre o processo de interiorização e as cidades de destino, realizam exame de saúde, são imunizados, abrigados na cidade de destino e acompanhados nos abrigos.
Esta é a segunda vez que a Paraíba recebe venezuelanos voluntários da interiorização. Os primeiros 45 foram levados para Conde, localizado no distrito de Jacumã, em abrigo sob responsabilidade do Serviço Pastoral do Migrante.
Acolhida
Após a acolhida, a organização fez um diagnóstico inicial de todas as famílias, identificando as competências e habilidades de cada membro. Então, iniciará um trabalho de desenvolvimento familiar e individual a partir de projetos já existentes que envolvem educação, saúde, cultura, empregabilidade e geração de renda.
Interiorização
A interiorização depende de interesse das cidades de destino e da existência de vagas em abrigos ou projetos sociais. Reuniões prévias com autoridades locais e coordenação dos abrigos definem detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.
O processo tem o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para asMigrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A partir das vagas disponíveis e do perfil dos abrigos participantes do processo de interiorização, o ACNUR identifica os interessados em participar da estratégia. A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte. O UNFPA promove diálogos com as mulheres e população LGBTI para que se sintam fortalecidas neste processo. Já o PNUD trabalha na conscientização do setor privado para a absorção da mão de obra refugiada.
Todos os selecionados aceitaram participar da interiorização, foram vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil – inclusive com CPF e carteira de trabalho.
“Estamos juntos neste movimento de dar um sentido à vida de famílias que estão deixando para trás sua história, seus pertencimento em busca de um horizonte que os permitam viver com dignidade e com seus direitos respeitados”, afirma o subgestor nacional da SOS Brasil, Sérgio Marques.
A Aldeias Infantis SOS
Como organização humanitária global, atua no Brasil há mais de 50 anos, onde cuida de crianças, fortalece suas famílias e advoga pelo direito de viver em família e comunidade. São 187 projetos em 26 localidades pelo país para que nenhuma criança tenha que crescer sozinha.
Presente em 10 estados e no Distrito Federal, a Organização oferece atividades diárias que geram impactos positivos para mais de 11 mil pessoas, por meio de projetos de educação, esporte, lazer, geração de renda e empregabilidade, com foco na quebra do ciclo da pobreza e violência.
Programas de Emergência SOS
Em situações de guerra, desastre e migração, as crianças precisam de proteção e cuidados específicos. Com infraestrutura global estabelecida, rede de parceiros e reconhecimento como um parceiro confiável em atendimento de qualidade, a SOS lança programas de resposta a emergências para crianças e famílias que precisam de assistência urgente. Suas equipes de atendimento a emergências ajudaram crianças em risco em mais de 150 situações humanitárias em 26 países.
A SOSé especializada em proteção e cuidado, o que inclui cuidados para crianças desacompanhadas e separadas; centros de cuidados provisórios para crianças; reagrupamento familiar, espaços amigos da criança e apoio psicológico e social. Para evitar a separação familiar, apoia as famílias com saúde, alimentação, nutrição, abrigo, educação ou água e higiene, dependendo da necessidade.
Coletivade Imprensa
Dia 29 de agosto – às 14h
Av. Hilton Souto Maior, 555, Mangabeira
(ao lado do shopping mangabeira)
Fonte: Paraiba.com
Créditos: Paraiba.com