No dia 09 de dezembro de 2020 um crime chocante mobilizou todo o estado da Paraíba. O médico e ex-prefeito de Bayeux foi assassinado no bairro de Manaíra, em João Pessoa.
No dia 16 de dezembro, o Juiz Marcos Willian de Oliveira, da 1ª vara do tribunal do Júri de João Pessoa, emitiu um mandado de prisão temporária para de três pessoas suspeitas de envolvimento na morte do ex-prefeito.
O mandado de Prisão foi emitido no nome de Ricardo Pereira, que é sobrinho do ex-prefeito, Gean Carlos que trabalhou na campanha de Ricardo a vereador de Bayeux e também Leon, que foi preso na noite do sábado (12), pelo crime de estelionato e já tinha mandado em aberto desde 2016.
Ricardo Pereira estava encarregado de administrar as finanças de Expedito, tinha cartões de débito e crédito e senhas de cartões e qualquer negociação no nome de Expedito teria que passar por Ricardo.
As primeiras informações que saíram na mídia, foi que Ricardo Pereira, sobrinho da vítima, teria pago 3 mil reais para Leon cometer o crime.
Seis meses após a morte do político, familiares e amigos do ex-prefeito realizaram um ato para pedir Justiça contra os acusados do crime.
Pedro Pereira, filho de Expedito, gravou um vídeo em Junho deste ano afirmando que uma testemunha do caso acusou o sobrinho e mandante do crime, Ricardo Pereira de tráfico de drogas.
Leon, autor do assassinato, confirmou a narrativa e expôs outras atividades criminosas de Ricardo, como por exemplo o tráfico de drogas, e também foi confirmada a motivação do assassinato de Expedito: ocultação de crimes.
Como explica Pedro no vídeo, Ricardo mandou assassinar o tio para esconder as depredações do patrimônio de Expedito que ele operou por muitos anos e não conseguia mais arcar com os valores que ele vinha pagando todos os meses como se fosse as parcelas dos valores dos bens do ex-prefeito.
Em decisão no dia 18/08/21, o juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, prolatou sentença de pronúncia onde decidiu que os três acusados pela morte do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, ocorrida no dia 09 de dezembro de 2020, no bairro de Manaíra, nesta capital paraibana, vão a júri popular.
Leon Nascimento dos Santos, Gean Carlos da Silva Nascimento e Jose Ricardo Alves Pereira, que é sobrinho da vítima, foram denunciados pelo Ministério Público, por supostamente terem planejado à morte e posteriormente executado o Ex-prefeito. Após a realização das audiências ocorridas em 10.06.2021 e 29.06.2021, o Juiz admitiu a acusação e remeteu o caso à apreciação do Tribunal do Júri, que é competente para julgar os crimes dolosos contra a vida.
A defesa do acusado Gean Carlos, composta pelos advogados Daniel Alisson e Mirella Cristina esclareceram que: “A sentença de pronúncia, não examina o mérito da ação penal, ou seja, a matéria de fato, o faz tão somente para admitir ou não a acusação que se faz ao réu, ficando a procedência desta mesma acusação a critério do Tribunal do Júri. Ora, sendo a decisão de pronúncia um mero juízo de admissibilidade, não se presta para reconhecer a culpabilidade.”
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba