De acordo com dados da Secretaria de Saúde da Paraíba (SES-PB), o transporte de vacinas contra a Covid-19 para as cidades de todo o estado já custou aos cofres do Governo quase R$ 300 mil. Em cada chegada de um novo lote, a secretaria gasta aproximadamente R$ 25 mil, independente de quantas doses sejam entregues. Desde o início da vacinação, foram 12 lotes entregues à Paraíba. Os dados foram apresentados pelo secretário executivo de saúde, Daniel Beltrammi, em entrevista à CBN Paraíba.
O secretário explicou também como funciona a entrega de vacinas, desde a chegada ao aeroporto Castro Pinto até os postos de vacinação. A operação de recepção envolve o carregamento dos núcleos refrigerados para armazenamento das vacinas, do porão das aeronaves para o Centro Estadual de Imunização, na sede da secretaria. Na sequência, menos de 12h após a chegada, há um preparo dos lotes das vacinas para os 223 municípios da Paraíba.
Numa distância de aproximadamente 250 quilômetros, a distribuição é rodoviária, através das 12 unidades refrigeradas ou até mesmo por meio de caminhões refrigerados. Superando essa distância, a entrega é feita pelas aeronaves da Casa Militar do governo do estado. São duas aeronaves responsáveis pelo procedimento, que realizam a entrega das vacinas em cidades com espaços apropriados para o pouso aéreo. São elas: Catolé do Rocha, Itaporanga e Cajazeiras.
Para Beltrammi, a entrega por esses meios é necessária porque facilita o acesso mais rápido e permite que a imunização contra a doença seja feita o quanto antes, considerando o contexto de agravamento dos casos, além de internações e mortes. O estado envia as doses para cada uma das 12 gerências de saúde da Paraíba. Ao chegar nas unidades, as prefeituras, distribuídas para cada gerência de acordo com a região, envia carros para o transporte da vacina. Alguns municípios, com a baixa quantia de doses, chegam a receber somente 20 ou 30 doses.
Além desses métodos de entrega da vacina, Beltrammi mencionou os trabalhadores, tão necessários para o momento dos repasses. O secretário ressalta que faltou planejamento para a compra de vacinas e produção antecipada, por isso as cidades enfrentam esta problemática: “Estamos mobilizando entre 7500 e 8000 pessoas, que trabalham simultaneamente, na distribuição, aplicação de doses, organização das campanhas. É um exército! E isso não está acontecendo só agora com a Covid-19. Essa mobilização acontece com todas as vacinas obrigatórias anuais”.
Fonte: CBN
Créditos: Polêmica Paraíba