saúde

Técnica que dispensa marca-passo no tratamento da síncope é utilizada em procedimento realizado no HNSN, em João Pessoa

A Paraíba presencia um dos mais importantes marcos da medicina no tratamento de pacientes portadores de síncope.

A Paraíba presencia um dos mais importantes marcos da medicina no tratamento de pacientes portadores de síncope.

Na manhã deste sábado (20), o médico Ricardo Ferreira realizou o procedimento chamado cardioneuroablação, método desenvolvido pelo Dr. José Carlos Pachon, que trata casos de síncope sem o uso de marca-passo. Pachon é um dos profissionais mais respeitados no mundo, na área da eletrofisiologia.

Em um dos subtipos da síncope neurocardiogenica ocorre queda importante da frequencia cardíaca e, até mesmo, pausas prolongadas devido estímulos neurológicos em gânglios parassimpáticos, fazendo com que o portador do problema perca a consciência subitamente e chegue a desmaiar. Historicamente, esses casos são tratados com a instalação do marca-passo, fazendo com que o indivíduo se utilize do equipamento por tempo indeterminado, levando consigo ônus e bônus ocasionados pelo sua utilização.

A cardioneuroablação, quando bem indicada, dispensa definitivamente o marca-passo na maioria dos casos. Ela consiste na introdução de eletrodos na veia femoral, que vão até o coração, para mapear anatomicamente e eletricamente as regiões dos gânglios parassimpáticos, responsáveis pela queda da frequência cardíaca e, através da aplicação de radiofrequência, provocar isolamento elétrico dos mesmos, procurando um equilíbrio parassimpatico mais fisiológico possível. E, dessa forma, evitando a síncope

O método invasivo porém, indolor e sem corte, é inovador, porque resolve definitivamente o problema, o paciente não sofrerá mais das ocorrências de síncope e, diferente do marca-passo, que permanece no seu corpo, os eletrodos são retirados do paciente ao término do procedimento.

A técnica foi criada pelo Dr. José Carlos Pachon há cerca de 20 anos, quando os primeiros casos foram tratados com o uso do método. Ricardo Ferreira já realiza o procedimento há seis anos. Em João Pessoa, o HNSN é pioneiro na técnica.

Para Ferreira, a estrutura do HNSN foi determinante para que a parceria na capital paraibana acontecesse e os procedimentos de cardioneuroablação sejam feitos no hospital.

“Encontramos um hospital grande, moderno e com excelente estrutura. O HNSN oferece todas as condições para desenvolvermos a nossa técnica, além de contar com uma equipe que facilita a vida do médico e do paciente, e isso faz muita diferença. Acreditar no profissional, no seu trabalho e nos seus resultados, tudo isso é fundamental para o sucesso do nosso trabalho”, comemorou Dr. Ricardo.

Sobre o Dr. Ricardo Ferreira

Mineiro de Uberaba-MG e radicado em São Paulo-SP, o Dr. Ricardo Ferreira tem 37 anos e é médico da área de Arritmia Cardíaca da Beneficência Portuguesa – BP. Se formou em Medicina pela Universidade de Uberaba – UNIUBE. Fez sua primeira especialização em cardiologia na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Dentro da cardiologia se especializou em estimulação cardíaca no Instituo Dante Pazzanese de Cardiologia, sob a orientação do Prof. Dr. José Carlos Pachon, Ricardo Ferreira ainda fez especialização em eletrofisiologia invasiva no Hospital do Coração de São Paulo e doutorado em arritmia na USP.

Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria