A juíza Ivna Mozart Bezerra Soares, que responde pela Vara de Feitos Especiais de Campina Grande, celebrou, na manhã desta segunda (13), cerimônia de casamento civil por meio de videoconferência. Seguindo as determinações do Conselho Nacional de Justiça e recomendação da Corregedoria Geral da Justiça do TJPB, a magistrada realizou o feito apenas por levar em consideração a exceção do caso em questão, tendo em vista que o casal tinha passagens compradas antecipadamente só de ida para destino definitivo.
A juíza tomou todos os devidos cuidados para realizar o casamento. Ela celebrou a união do casal por meio de videoconferência, da sua residência. Como os cartórios seguem funcionando, com horário reduzido, dando preferência ao teletrabalho e seguindo as regras preconizadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o casal se dirigiu até uma unidade e ficou em salas diferentes das testemunhas e dos funcionários do cartório, para evitar aglomeração.
Para Ivna Mozart, o fato é uma renovação da esperança. “Quando um casal resolve unir em matrimônio presume-se que, apesar de tudo isso que está acontecendo, as pessoas têm uma perspectiva de futuro e acreditam que tudo isso vai passar e eles vão poder ter uma vida em comum. Por um lado é triste, porque as pessoas não vão poder comemorar com amigos e familiares, mas por outro lado fico feliz de poder trazer o Poder Judiciário para perto do jurisdicionado, por haver meios tecnológicos que possibilitem isso”, declarou.
A juíza enfatiza o papel da magistratura de salvaguarda de direitos. “Se, durante um período normal, em que as pessoas não estão em situação contingencial, o Poder Judiciário já tem uma grande importância, como verdadeiro refúgio do cidadão, calcule numa situação como essa da pandemia”, avalia. “Os magistrados, que estão trabalhando muito durante esta pandemia, são peças fundamentais para o exercício desses direitos”, completou.
Os noivos Josilene Oliveira dos Santos e Jorge Freire de Lima, agora casados, são de Campina Grande (PB) e vão morar no Rio de Janeiro (RJ), devido a questões de emprego.
Fonte: Mais PB
Créditos: Mais PB