crescimento

Setor de serviços na Paraíba cresce 8,5% e registra maior crescimento do Nordeste em 2023, revela IBGE

O volume do setor de serviços na Paraíba apresentou o maior crescimento da Região Nordeste em 2023, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que foram divulgados, nesta sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Paraíba registrou alta de 8,5% sobre o ano de 2022, bem acima do País (2,3%). É o terceiro ano consecutivo de forte expansão no setor no Estado da Paraíba. Nos anos de 2021 e 2022, as taxas de expansão cresceram 9,1%, e 12,1%, respectivamente.  

Foto: divulgação
O volume do setor de serviços na Paraíba apresentou o maior crescimento da Região Nordeste em 2023, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que foram divulgados, nesta sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Paraíba registrou alta de 8,5% sobre o ano de 2022, bem acima do País (2,3%). É o terceiro ano consecutivo de forte expansão no setor no Estado da Paraíba. Nos anos de 2021 e 2022, as taxas de expansão cresceram 9,1%, e 12,1%, respectivamente.
O índice paraibano no acumulado de janeiro a dezembro (8,5%) também foi destaque nacional, alcançando o 4º maior crescimento entre os 26 unidades da federação e o Distrito Federal, atrás apenas dos estados de Mato Grosso (16,4%), Paraná (11,2%) e Tocantins (11%).
DESEMPENHO DAS ATIVIDADES – Quatro das cinco atividades da Pesquisa Mensal de Serviços tiveram taxas positivas em 2023. A pesquisa apontou ainda que 55,4% dos 166 tipos de serviços analisados tiveram crescimento. Os destaques ficaram por conta dos serviços de informação e comunicação e de profissionais, administrativos e complementares. “No primeiro, os principais impactos foram do aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet; e portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet”, detalhou o IBGE.
A expansão de locação de automóveis; de serviços de engenharia; de cobranças e informações cadastrais; de atividades de intermediação de negócios em geral; e de agências de viagens favoreceu o resultado dos serviços profissionais, administrativos e complementares.
SEGMENTOS FORTALECIDOS PÓS PANDEMIA – A “Atividades que se fortaleceram no contexto do pós-pandemia colocaram o setor de serviços em patamares elevados. Houve, por exemplo, aumentos consideráveis nos serviços voltados às empresas, notadamente os serviços de TI [tecnologia da informação]”, observou o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo.
Neste contexto, ele ressaltou o transporte rodoviário de carga, que influenciou o avanço de 1,5% nas atividades de serviços de transportes, serviços auxiliares aos transportes e Correios. “É um segmento que cresceu, num primeiro momento na esteira do aumento do comércio eletrônico e que ganhou novos impulsos com a expansão da produção agrícola, na medida em que se cria a necessidade de transporte de insumos, como adubos e fertilizantes, além de operar o próprio escoamento da colheita”, explicou.
Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, “nos anos de 2021 e 2022 houve a construção de uma base de comparação elevada, que pode ser explicada tanto pela retomada do setor após o período de isolamento da pandemia de covid-19, como, sobretudo, por conta dos ganhos extraordinários dos segmentos de serviços de tecnologia da informação e o do transporte de cargas. Dessa forma, apresentar expansão sobre dois anos que cresceram substancialmente é algo relevante”, informou o IBGE.
ANÁLISE SOBRE 2023 – Para o pesquisador, o resultado de 2023 seguiu a tendência observada em 2022. “Com a retomada pós-isolamento da pandemia, há uma redistribuição da renda disponível das famílias, com redução das aplicações financeiras e aumento do consumo de bens e serviços, que estavam mais represados nos períodos de maior incerteza”, comentou.
De acordo com Lobo, “é um setor que veio, pouco a pouco, eliminando as perdas da pandemia. Houve uma mudança na configuração das atividades. Os serviços de aplicativos de entrega, por exemplo, acabaram se apropriando de uma parte das receitas dos restaurantes, havendo, assim, uma transferência de receita entre dois setores do setor de serviços”, exemplificou Lobo.
“Ainda há um grande contingente de pessoas trabalhando de maneira remota, o que ajuda a transferir receita dos serviços (restaurantes) para o comércio (supermercado), por exemplo”, relatou Lobo.
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE passou neste ano de 2023 por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, para retratar mudanças econômicas na sociedade.
O QUE MEDE A PESQUISA – A PMS produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços do país e dos Estados, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, mas excluídas as áreas de saúde e educação. Ao lado da administração pública, os setores de serviços e de comércio têm os maiores pesos na composição do PIB do País e dos Estados.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba