Presente apenas nos grandes Centros de Saúde referência do país, o método de Angiografia de Saída, que se refere ao exame radiográfico dos vasos sanguíneos após injeção de contraste, foi realizado pela primeira vez na Paraíba com um paciente ainda no Bloco Cirúrgico do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, por meio do SUS.
De acordo com o cardiologista intervencionista Fabrício Leite, a intervenção realizada em um paciente cardiopata consistiu na avaliação de maneira imediata da anatomia do resultado cirúrgico. “Injetamos o contraste na finalização da cirurgia cardíaca, com o paciente ainda de peito aberto, para que, sendo necessário, pudéssemos realizar no bloco a intervenção por meio de um cateterismo. Na ocasião, a nossa avaliação diagnóstica pôde comprovar que estava tudo bem. E, com isso, conseguimos progredir para a recuperação do paciente, que foi encaminhado para UTI evoluindo satisfatoriamente e já extubado”, explicou.
O paciente que participou da nova abordagem técnica possui cardiopatia congênita, conforme explicou os cirurgiões cardíacos Daniel Magalhães e Thelma Aquino, responsáveis pela cirurgia. “Esse paciente possuía diagnósticos anteriores para cuidados paliativos, e ele foi encaminhado ao nosso serviço em busca de uma avaliação ao transplante cardíaco, mas após estudos e discussões sobre o caso, baseados nos resultados de exames de ecocardiograma e a realização de um cateterismo, nossa equipe optou pela cirurgia de Glenn, que costuma ser realizada ainda quando bebê, mas o diagnóstico desse paciente foi tardio, porém com um resultado exitoso. Tudo transcorreu bem”, pontuaram.
O estudante Marcilio Pereira, 20 anos, do município de Cacimbas, Sertão da Paraíba, evoluiu bem e, nessa segunda-feira (15), pôde receber alta hospitalar. Em agradecimento à equipe, Maria José Pereira, mãe do jovem, ressaltou a importância do serviço para qualidade de vida dos pacientes. “Foi tudo muito rápido o tratamento do meu filho. Ele foi recebido e atendido por uma equipe de primeiro mundo. Pessoas muito profissionais e atenciosas, que sempre faziam questão de me explicar cada etapa do tratamento. Eu estou sem palavras para agradecer. Nós, que somos do interior e levamos uma vida mais difícil, não imaginamos que vamos encontrar um tratamento desses, parece algo inalcançável. Mas conseguimos, e espero que mais pacientes tenham a mesma oportunidade que meu filho teve, porque tudo aqui foi bom para ele, para nós”, narrou a dona de casa.
A angiografia de saída é um artifício moderno com o intuito de agilizar e dar segurança ao procedimento cirúrgico, um conceito novo da atuação da equipe de hemodinâmica com a equipe cirúrgica, conforme explicou o hemodinamicista Abel Belarmino. “Os bons resultados são graças ao trabalho em equipe e a boa interação do time cardíaco com a hemodinâmica, em que o paciente é o maior beneficiado. Descobrir em tempo hábil uma possível estenose e poder já tratar no bloco, oferta ao paciente mais qualidade de vida e reduz os custos institucionais no decorrer do tratamento”, frisou.
Segundo o diretor geral do Hospital Metropolitano, Antônio Pedrosa, a equipe de profissionais da instituição, seja das áreas médicas, assistenciais e administrativas, estão em constante evolução, em busca da melhor assistência para os pacientes. “Sempre que um dos nossos colaboradores chega com uma nova ideia para implementação e aprimoramento do nosso serviço, como diretoria buscamos incentivá-los e apoiá-los. E os resultados têm sido esses, o pioneirismo e principalmente melhores condições de vida para os nossos usuários”, discorreu.
Referência – O Hospital Metropolitano é referência em Alta Complexidade em Cardiologia na Paraíba. A Cirurgia de Glenn foi realizada pela primeira vez em julho de 2020, em uma criança de apenas 7 meses, abrindo as portas para outros pacientes cardíacos. Atualmente, os procedimentos mais realizados no Hospital na área de cirurgia cardiológica em adultos são CRM, Implante de Marcapasso, Troca de Valva Mitral e Troca de Valva Aórtica, já em crianças, fechamento de CIV, Ligadura de Canal Arterial e Correção de Comunicação Interatrial (CIA).
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba