Empreender também é sinônimo de inclusão e adequar os produtos ou serviços ofertados pelas empresas para atender as pessoas com algum tipo de deficiência ou com necessidades atípicas é mais que um diferencial no mercado e atendimento à legislação. É, sobretudo, humanizar o seu negócio.
Entre as ações que os empreendedores podem buscar para atender ao público que apresente alguma deficiência ou necessidades atípicas estão adequações na estrutura física da empresa, capacitações, mas, principalmente, no atendimento e acolhimento de todos os clientes. Nesse sentido, o Sebrae/PB atua com orientações para os empreendedores e também para aqueles cujo negócio é direcionado especialmente para o público que apresenta algum tipo de deficiência ou necessidade atípica.
“O Sebrae tem buscado dar destaque às empresas que trabalham com esses públicos, orientando sobre a legislação e capacitações específicas. Dando esse destaque e mostrando que as empresas podem e devem oferecer esse diferencial, a gente faz com que outras empresas despertem para esse olhar de acolhimento e empatia”, reforça a analista do Sebrae/PB, Cláudia Pereira.
Entre as empresas atendidas pela instituição que se adequou e oferece atendimento especializado para pessoas com necessidades atípicas está a Rede de Ensino Intensivo, que atua em João Pessoa há 28 anos. Nas três unidades da empresa, além de espaço físico em conformidade com a legislação, há profissionais capacitados e atendimento humanizado para atender aos alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Neste mês é lembrado a importância de promover ações de inclusão e respeito às pessoas autistas.
“Atualmente, temos nas três unidades 55 alunos atípicos com TEA, que vão do segmento infantil ao Ensino Médio. A rede conta com profissionais das áreas de Psicologia e Psicopedagogia, sendo duas psicólogas e duas psicopedagogas com formação voltada para atender a esse público. A nossa estrutura física vem se adequando a cada ano às novas necessidades de todos os públicos, especialmente aos nossos alunos que precisam de algum suporte voltado para as nossas edificações”, detalhou a diretora da rede, Kátia Cilene.
Ela lembrou ainda que as escolas dão todo um suporte aos familiares dos alunos com TEA, antes mesmo das crianças serem matriculadas na instituição. Além disso, as crianças atípicas são inseridas em atividades com os demais estudantes, participando de fato de um ambiente inclusivo e acolhedor com integração social. “Realizamos uma escuta com objetivo de conhecer a singularidade da criança e da família para realizarmos as orientações necessárias para o ingresso desse aluno no ambiente escolar, levando em consideração a sua potencialidade e suas necessidades adaptativas. Entendemos que é relevante proporcionarmos à sociedade um ensino inclusivo de qualidade, onde todos estão aptos a aprender levando em consideração as suas potencialidades e singularidades e fazer com que os nossos alunos sejam protagonistas na construção de uma aprendizagem significativa”, frisou a diretora.
Para Cláudia Pereira, ver uma empresa comprometida socialmente em atender a todos os públicos e proporcionar o melhor serviço é uma satisfação e exemplo de empreendedorismo com responsabilidade social. “As empresas devem se adaptar e oferecer serviços e produtos para esse público que está no mercado e busca ser atendido da melhor forma. Os empreendedores precisam despertar para isso”, disse a analista.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba