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Saiba o que são as variantes da covid-19 e como elas respondem às vacinas

Desde que a pandemia do novo coronavírus teve início, muitas variantes da covid-19 já foram identificadas. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou cinco variantes de preocupação do vírus, duas de interesse e sete cepas sob vigilância. A última descoberta foi da Ômicron, na África do Sul e vem causando preocupação para as autoridades em saúde. Mas afinal, o que, quais são e como se comportam as variantes do vírus causador da covid-19?

Desde que a pandemia do novo coronavírus teve início, muitas variantes da covid-19 já foram identificadas. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou cinco variantes de preocupação do vírus, duas de interesse e sete cepas sob vigilância. A última descoberta foi da Ômicron, na África do Sul e vem causando preocupação para as autoridades em saúde. Mas afinal, o que, quais são e como se comportam as variantes do vírus causador da covid-19?

Infectologista do Sistema Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas explica que as variantes são vírus que sofrem mutação de um vírus original. Isso foi o que aconteceu, por exemplo, com o primeiro Sars-CoV-2 que surgiu em Wuhan, na China. “Na medida em que ele contamina mais pessoas, mais vírus vão sendo produzidos e o risco de erro genético na produção deles existe. São justamente esses erros, que ocorrem vez ou outra, que geram a mutação, trazendo uma vantagem evolutiva deste vírus em mutação em relação aos demais. Então, uma variante é o vírus mutado de um vírus existente anteriormente”, esclarece.

O especialista afirma que existem muitas variantes do Sars-CoV-2. Algumas com vantagens que as fazem ser mais contagiosa que outras, como é o caso da Alfa (a antiga B.1.1.7, que foi identificada no Reino Unido), a Beta (antiga B.1.351, que foi identificada na África do Sul), a Gama (antiga P.1, identificada no Brasil), a Delta (a antiga B.1.617.2, que foi identificada na Índia) e agora a Ômicron (a B.1.1.529, identificada também na África do Sul).

Chagas ressalta que uma variante pode vir com vantagens como ser mais transmissível ou trazer consequências graves para a pessoa infectada. “Vai depender de uma série de fatores. Não tem como saber se uma variante tem um risco maior ou menor de provocar a forma grave da doença, a não ser quando ele se espalha e muitas pessoas adoecem em decorrência da contaminação com o vírus”, pontua.

Vacinas x Variantes – No que diz respeito à resposta das vacinas em relação às variantes, o especialista afirma que os imunizantes são o melhor e, até o momento, o único caminho para combater a propagação da covid-19. “Independentemente de qual seja a variante é importante ressaltar que atualmente o que tem feito com que os casos de covid-19 e suas formas graves tenham tido uma redução são as vacinas. Então, vale destacar que as vacinas são o único caminho para combater essa doença que já fez tantas vítimas”, aponta.

Já com relação à variante Ômicron, Fernando Chagas afirma que apesar de não se ter um apontamento acerca da efetividade das vacinas sobre esta variante, o ideal é buscar a imunização e o que se pode afirmar até o momento é que a Ômicron parece ser a mais transmissível de todas as variantes já identificadas. Além disso, seguir as etiquetas respiratórias. “Lavagem das mãos com água e sabão sempre que possível, uso de álcool em gel, uso de máscara mesmo em espaços abertos, distanciamento social e evitar aglomerações”, elenca.

Saiba mais sobre as variantes:
Alfa (antiga B.1.1.7) – Surgiu no Reino Unido em setembro de 2020. Ao todo são São 22 mutações, entre as que alteram ou não a estrutura do vírus. O nível de transmissibilidade está entre 30 e 50% maior do que as linhagens anteriores. Alguns estudos apontam para possível aumento no risco de hospitalização e maior mortalidade, mas isso ainda não está confirmado.

Beta (antiga B.1.351) – Identificada em dezembro de 2020. Têm alterações em comum com a Alfa. No que diz respeito ao nível de transmissibilidade, ela é mais transmissível, mas não tanto quanto a Alfa. É investigada por um aumento de mortalidade em indivíduos já hospitalizados, fato ainda não confirmado.

Gama (P.1) – Descoberta no fim do 2020 em japoneses que retornavam do estado amazônico. Em sua mutação é parecida com a Beta. É mais transmissível e fez várias vítimas entre os meses de março e abril. A redução da ação é considerada moderada, mas possui caminhos para casos de reinfecção. Estima-se que esta variante seja responsável por nove em cada 10 casos de covid-19 no Brasil.

Delta (antiga B.1.617.2) – Identificada em outubro de 2020, possui mais de uma dúzia de mutações e duas estão no centro das atenções por se assemelharem com a Beta e Gama. Considerada a mais contagiosa, estima-se que seja mais transmissível que a Alfa em torno de 40 a 60%. Essa foi a variante mais prevalente na Índia. Já no Brasil, foram registrados casos desta variante nos estados do Maranhão e Paraná.

Ômicron (B.1.1.529) – É considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com classificação de risco global altíssimo e o que causa mais preocupação é a alta taxa de mutações e, com isso, a preocupação com o escape à imunidade. No Brasil, já foram registrados casos dessa variante.

Fonte: ASSESSORIA
Créditos: Polêmica Paraíba