Psicóloga alerta para as conseqüências que as notícias falsas podem causar
Fake news, que em português significa “notícia falsa”, é um termo que apesar de popularizado agora, na era da tecnologia, existe desde o final do século 19, segundo o dicionário Merriam-Webster. A expressão, auto-explicativa, está cada vez mais presente na internet, deixando as pessoas mais e mais confusas sobre o que é real e o que não é.
Antes de tudo, é preciso ressaltar que as notícias falsas sempre existiram. Mesmo antes da internet os boatos eram espalhados e a própria mídia tinha grande dificuldade em checar certos fatos. Porém, com o advento da internet o poder de alcance de uma fake news torna-se ainda mais perigoso podendo impactar a vida das pessoas de maneira irremediável.
Apesar de alguns casos serem inofensivos, outros podem causar grande repercussão e destruir a vida das pessoas como aconteceu em 2014, onde uma mulher foi espancada e morta em São Paulo, depois de ter sua foto postada em uma página de rede social, sendo relacionada a seqüestro de crianças e bruxaria. A psicóloga Danielle Azevedo, do Hapvida Saúde, chama atenção para o fato da notícia afetar cada um de maneira distinta. “Um determinado assunto pode me afetar terrivelmente, enquanto que para outra pessoa não faz diferença alguma. Ninguém consegue medir as conseqüências, muitas vezes irreparáveis, que uma fake news pode causar”, revela.
Uma das principais dificuldades de combater as falsas notícias é que elas são feitas de forma que pareçam verdadeiras, reforçam crenças e assuntos atuais. Além disso, ao compartilhar, as pessoas acreditam estar fazendo algo bom, achando que aquela informação ajudará alguém de alguma maneira e mostra que estão por dentro do assunto do momento. Por isso a psicóloga alerta que é preciso reflexão antes de compartilhar qualquer coisa. “Essa necessidade de se estar atualizado, de ser o primeiro, muitas vezes faz com que as pessoas disseminem uma informação sem o devido cuidado e sem qualquer pensamento crítico se aquilo é verdadeiro ou não”, finaliza.
Fonte: Pauta Comunicação
Créditos: Gabriela Neves