O filho da vereadora Selma Pereira da Silva e funcionário da Prefeitura de Serraria, no Brejo paraibano, Auricélio de Gois Pereira da Silva, está entre os beneficiários do Programa Bolsa Família. De acordo com dados do portal da Transparência, do governo federal, ele teria recebido a quantia de R$ 3.048 ao longo do ano passado. Auricélio é funcionário lotado na Secretaria de Educação do município, e recebe quase R$ 1,8 mil por mês. A informação está disponibilizada no portal Sagres, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB).
A vereadora Selma confirmou que o filho ocupa um cargo comissionado na prefeitura e é inscrito no programa Bolsa Família, mas garantiu que o cartão para sacar o benefício está com a ex-sogra dele para ajudar nas despesas com a criação de três filhos.
A parlamentar disse que à época da inscrição no Bolsa Família, Auricélio não tinha emprego. Segundo ela, há aproximadamente quatro anos o filho separou-se da esposa e durante uma audiência na promotoria de Justiça da cidade, teria ficado acertado que o cartão do programa seria entregue a avó materna dos filhos. “Ele é pai de três filhos, necessitava do programa, mas quando houve a separação ele procurou saber a quem entregaria o benefício e o promotor chamou a avó materna e entregou o cartão a ela”, disse.
Segundo Selma, como o cartão do Bolsa Família está em poder da ex-sogra, Auricélio nunca fez nenhum tipo de recadastramento para atualizar os dados no programa. Ela garantiu que vai procurar novamente a promotoria da cidade para resolver essa situação.
A vereadora disse desconhecer de onde teria partido a denúncia, mas garantiu que isso se deve “ciumeira de município pequeno”. Ela também vai pedir para que a prefeitura investigue o caso para descobrir se as informações teriam sido vazadas da Secretaria de Ação Social. “Se a informação partiu de dentro da secretaria, porque não avisaram?. Eu não sabia, sou inocente, eu morria e não sabia, mas agora vamos resolver”, arrematou.
Regras para ter acesso ao Bolsa Família
A população alvo do programa é constituída por famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. São consideradas extremamente pobres, as famílias cuja renda mensal seja de até R$ 85 por pessoa. Já as pobres, as que possuem renda entre R$ 85,01 e R$ 170 por pessoa. As famílias pobres podem participar do programa, desde que tenham em sua composição gestantes e crianças ou adolescentes com idade entre 0 e 17 anos.
Para se candidatar ao programa, é necessário que a família esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, com seus dados atualizados há menos de 2 anos.
Fonte: Redação
Créditos: Portal Correio