A Polícia Civil concluiu as investigações do suposto caso de racismo contra o garçom de uma lanchonete em Campina Grande no último mês de dezembro.
De acordo com a delegada da 6ª Delegacia Distrital, Mairam Moura, o jovem, que se apresenta na internet como Gabriel Akhenaton, de 18 anos de idade, teria inventado o caso através do uso de dois perfis de WhatsApp.
Ela explicou que através do circuito de câmeras do local percebeu a ação suspeita do jovem. Ela contou que os horários de envio das mensagens de teor racista ao WhatsApp do estabelecimento coincidiam com os horários que Gabriel se ausentava para ir ao banheiro ou à área externa da lanchonete, retornando logo em seguida.
No decorrer das investigações, a Polícia Civil solicitou junto à empresa de telefonia móvel o nome da pessoa com o qual estava cadastrado o número do telefone vinculado ao WhatsApp que enviou as mensagens à lanchonete. A surpresa veio com a informação de que a linha estava em nome da mãe de Gabriel, que disse não saber da existência do número.
Com o fim do inquérito, Gabriel decidiu se apresentar às autoridades e confessar ter inventado toda a situação, alegando que “não sabia que o caso iria tomar as proporções que tomou” e que “desejava apenas testar o dono da lanchonete”.
A investigação também quis saber se houve participação do estabelecimento numa possível “ação de marketing”, o que foi descartado pela Polícia, que concluiu que os donos da lanchonete também foram vítimas da farsa.
A outra vítima foi a adolescente que teve a imagem dela utilizada por Gabriel para caracterizar o personagem criado por ele. De acordo com a delegada, a família da jovem de 16 anos deve entrar com uma representação contra Gabriel na Vara da Infância e Juventude do Estado do Rio de Janeiro, local onde residem.
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Fonte: Blog do Márcio Rangel
Créditos: Blog do Márcio Rangel