Levantamento

RANKING NACIONAL: Com 50,50% de doses aplicadas, Paraíba aparece na segunda metade da tabela; secretários avaliam

Em levantamento realizado pelo Polêmica Paraíba, com base nos dados do Consórcio de Veículos de Imprensa, a Paraíba aparece em 21º lugar em um ranking nacional que leva em consideração a porcentagem de doses aplicadas de vacinas contra a covid-19. Com 173.718 doses aplicadas, a Paraíba aplicou 50,50% da quantidade recebida.

Os números utilizados nesse levantamento são da quinta-feira (4), os mais atualizados até o fechamento dessa matéria. O Consórcio é composto por G1, O Globo, Extra, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e UOL e colhe diariamente dados das secretarias estaduais de saúde dos 26 estados e também do Distrito Federal.

Segundo o levantamento, Sergipe foi o estado que mais aplicou as doses recebidas, com 88.545 doses aplicadas, o equivalente a 88,12%. Em seguida, aparece São Paulo, com 2.999.589 doses aplicadas, 81,07% do total recebido, e o Distrito Federal, com 205.837 doses, 77,16% da quantidade recebida.

Do lado inverso da tabela, os três estados com a menor porcentagem são: Pará, com 209.199 doses aplicadas, 43,49% do recebido; Acre, com 26.623 doses aplicadas, 31,48%; e Roraima, com 32.059 doses aplicadas, 28,92% do total recebido.

A nível nacional, a Paraíba aparece em 21º lugar do ranking, acima de Tocantins (48,58%; 61.015 doses aplicadas), Amazonas (47,17%; 347.788 doses aplicadas), Amapá (46,66%; 28,928 doses aplicadas), Pará (43,49%; 209.199 doses aplicadas), Acre (31,48%; 26.623 doses aplicadas) e Roraima (28,92%; 32.059 doses aplicadas).

Procurado pela reportagem, o secretário executivo de estado de Saúde da Paraíba, Daniel Beltrammi, disse que a disparidade de dados entre estados se deve pela alimentação do Sistema de Informação do Plano Nacional de Imunização (SI-PNI).

“Deve-se basicamente à alimentação do sistema de informação sob responsabilidade dos municípios SI-PNI. Uma vez realizadas as doses os municípios ficam obrigados a alimentar uma base de dados nacional. Atrasos nesta alimentação produzem vieses desta natureza”, explicou.

Também procurado pela redação, o secretário de estado de Saúde, Geraldo Medeiros, reiterou que a falta de atualização pode gerar essas diferenças. Não só isso, Geraldo lembrou que existem estados que à medida que recebiam as doses, as distribuíam em sua totalidade para serem aplicadas, diferente da Paraíba, que entregou aos municípios o quantitativo referente à primeira dose, mantendo em estoque as vacinas referentes à segunda dose.

“O número de pessoas vacinadas está bem diferente de vacinas disponibilizadas em decorrência de que as secretarias municipais e as vigilâncias municipais de saúde não alimentam o sistema diariamente. Muitas delas passam vários dias sem alimentar. Por isso a disparidade”, disse.

“Alguns estados não mantiveram o estoque da segunda dose, da CoronaVac. Como o espaço de tempo [entre aplicações] é de duas a quatro semanas, então a secretaria estadual de saúde [da Paraíba], por precaução, para evitar chegar a data da segunda dose, e não termos disponíveis, mantivemos a segunda dose guardada, enquanto outros estados usaram todas. Pode dar certo? Pode. Mas pode dar errado”, concluiu.

Confira a porcentagem de doses aplicadas por estado segundo os dados do Consórcio de Imprensa:

Sergipe: 88,12% (88.545 doses aplicadas)

São Paulo: 81,07% (2.999.589 doses aplicadas)

Distrito Federal: 77,16% (205.837 doses aplicadas)

Rio Grande do Norte: 68,64% (143.901 doses aplicadas)

Mato Grosso do Sul: 68,58% (177.389 doses aplicadas)

Goiás: 65,09% (285.399 doses aplicadas)

Alagoas: 64,50% (147.624 doses aplicadas)

Ceará: 62,99% (437.895 doses aplicadas)

Pernambuco: 62,89% (467.611 doses aplicadas)

Minas Gerais: 58,58% (895.401 doses aplicadas)

Bahia: 57,81% (642.422 doses aplicadas)

Rio Grande do Sul: 57,80% (634.917 doses aplicadas)

Mato Grosso: 57,18% (128.403 doses aplicadas)

Santa Catarina: 53,95% (268.134 doses aplicadas)

Espírito Santo: 53,72% (170.079 doses aplicadas)

Rio de Janeiro: 53,11% (719.313 doses aplicadas)

Paraná: 52,54% (448.148 doses aplicadas)

Piauí: 52,18% (107.844 doses aplicadas)

Rondônia: 51,93% (58.368 doses aplicadas)

Maranhão: 51,17% (229.270 doses aplicadas)

Paraíba: 50,50% (173.718 doses aplicadas)

Tocantins: 48,58% (61.015 doses aplicadas)

Amazonas: 47,17% (347.788 doses aplicadas)

Amapá: 46,66% (28.928 doses aplicadas)

Pará: 43,49% (209.199 doses aplicadas)

Acre: 31,48% (26.623 doses aplicadas)

Roraima: 28,92% (32.059 doses aplicadas)

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba