APÓS SEPULTAMENTO

'QUANTAS SAUDADES, NOBRE WELLINGTON': professor posta bela homenagem nas redes sociais a servidor da UFCG de Cajazeiras

O professor José Wanderley Alves de Sousa postou nas redes sociais uma bela homenagem em forma de texto, juntamente com uma foto, para o amigo Wellington Feitosa de Vasconcelos, servidor da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Cajazeiras, que faleceu na terça-feira (21), aos 64 anos.

No texto postado nesta quarta-feira (22), Wanderley ressaltou a vida profissional do amigo, sua vivência pessoal, dedicação à profissão, à família e lamentou a partida prematura do servidor da UFCG.

“A sua vida, o seu exemplo será o significado maior, sempre, para a nossa querida Lindarleyde Vasconcelos, para os seus filhos, para a sua família, para nós, seus amigos, querido Welligton”, diz um trecho da postagem.

Wellington trabalhava há várias décadas no Campus da UFCG de Cajazeiras como técnico em assuntos educacionais e gestor financeiro do Centro de Formação de Professores (CFP).

Sepultamento do servidor da UFCG reuniu amigos e familiares

Ele faleceu vítima de infarto em um hospital de Campina Grande, quando estava sendo transferido para João Pessoa após passar mal.

Por causa da sua morte, o diretor do CFP decretou luto oficial de três dias e suspendeu as aulas e demais atividades desta quarta-feira nos três turnos.

LEIA O TEXTO DA POSTAGEM

A CHEGADA, A PARTIDA, O RETORNO… Quantos caminhos são possíveis para a nossa vida?

Acabo de chegar da cerimônia de “adeus” ao nosso colega e amigo Welligton ! Uma despedida peculiar…cheia de encontros, de abraços, de apertos de mãos, de cumprimentos diversos. Uns que choravam, uns que sorriam respeitosamente ao lembrar de passagens ao lado do amigo Welligton, uns que enalteciam a sua competência profissional, uns calados, uns que oravam… Mas todos unidos por um motivo maior: as devidas homenagens ao querido Wellington Vasconcelos!.

E era latente nos gestos, nas feições de Lindarleyde Vasconcelos, a esposa querida, dos filhos… da filha que insistia em não se desgarrar do pai… dos demais familiares…um misto de tristeza profunda, mas uma reafirmação de amor, de respeito, de reconhecimento ao que Welligton sempre representará na vida deles, na vida dos que o amavam verdadeiramente.

A despedida final… o cortejo que se organizava para dar o último adeus ao “maluco beleza”. E nos juntamos pela dor, pela saudade, pelas lembranças do amigo e seguimos rumo ao por do sol de Cajazeiras, rumo ao “Cemitério Velho”. Na esquina das “Oiticicas”, não sei “passou pela cabeça dos outros” a mesma coisa que se passou pela minha, ao avistar pelo canto do olho a casa de Wellington, enraizada na Praça Nossa Senhora de Fátima: quanta vontade de desviar aquele cortejo, levar de volta Welligton para seu lar, seu refúgio, seu ninho de liberdade, e, por fim, acordarmos daquele sonho tão dolorido.

Mas, foi preciso que o cortejo seguisse, foi necessário acreditar que os desígnios de Deus são inquestionáveis. Wellington cumpriu seu tempo de presença física entre nós. Fica-nos o legado da sua alegria, do seu amor pela boemia, pela vida em toda a sua plenitude. Pelo outro lado, fica-nos o exemplo, o legado da sua dedicação ao trabalho, do seu compromisso com o nosso querido CFP. Acima de tudo, fica-nos o exemplo do marido, do pai, do amigo devotado ao amor, ao respeito em sua essência mais significativa.

Quantas saudades, nobre Welligton! Assim sendo, se possível, para que sempre estejamos próximos a você, ainda que sob a forma de saudades, como proclama a poesia, como espalha a música:

“Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar.
É a vida desse meu lugar.
É a vida…”

A sua vida , o seu exemplo, será o significado maior, sempre, para a nossa querida Lindarleyde Vasconcelos, para os seus filhos, para a sua família, para nós, seus amigos, querido Welligton.

Descanse em paz, nobre amigo! Saiba que “naquela mesa” sempre estará faltando você!

Fonte: Diário do Sertão
Créditos: Diário do Sertão