Gualter Ramalho, presidente da Unimed João Pessoa, revelou que será construído um novo hospital na cidade. Ele comentou também as flexibilizações no estado e na Capital, além da redução de atendimentos decorrentes de casos de Covid-19. Gualter foi sabatinado na tarde desta quinta-feira (15) no Arapuan Verdade. Quanto as instalações do novo hospital, ele não revelou o local onde será construído: “Se eu disser aqui, vai ficar dez vezes o valor”, disse, em tom bem-humorado.
No entanto, destacou as ações recentes que possibilitam alçar novos voos: “Criamos um centro de logística e estamos caminhando para ter uma distribuidora própria, reduzindo os custos e atraindo mais pessoas. Temos um centro próprio de tratamento de Autismo, Zika vírus. Temos o SOS Unimed, que é um Samu nosso. Vamos partir para um hospital materno-infantil, vamos expandir”.
Logo no início da entrevista ele foi questionado quanto a variante Delta, originada na Índia, e demonstrou preocupação: “É mais resistente a vacina. É prudente que as pessoas não deixem as medidas preventivas”, aconselhou. Gualter também avaliou que o perfil de internações mudou após a vacinação. Os jovens passaram a ter entradas frequentes: “Houve uma mudança de perfil e a gente teve um número elevado de internações. Reinfecção, o que era dúvida, hoje não é mais. É fato que indivíduos jovens se internaram e são mais resistentes, demora mais a internação. Já temos números e estudos mostrando isso agora”.
Por outro lado, ele destacou que os atendimentos de casos de Covid-19 no hospital estão diminuindo de forma significativa, mas isso não deve ser motivo para tranquilizar: “Houve uma queda expressiva no atendimento, agora são 60 por dia, um pouco de aumento em relação aos 45-50 que tivemos nos últimos dias, mas é pequena, a tendência é de queda. Ficamos 3 dias que não internamos ninguém. Em abril, chegamos a ter 230 atendimentos por dia. 48 internações por dia. 83 intubados, hoje são 10. Tem nitidamente uma redução em função da vacinação. Tem o que comemorar, mas deve manter o alerta”.
Quanto as flexibilizações, Gualter destacou que elas estão sendo prudentes e que devem ser reavaliadas a cada 15 dias, pois a doença varia constantemente: “A luz dos números atuais, eu acho prudente. Mas não dá para colocar no colo de alguém a responsabilidade total. Porque se a variante Delta vier a ser um problema, isso tem que voltar a ser discutido. Esse vírus passa por mutação, então tem que ser prudente. O lugar pior é uma escola. O modelo híbrido vai persistir, pois o modelo remoto exclusivo gera prejuízo, tivemos um surto de saúde mental”.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba