Um professor colaborador da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e ex-aluno da instituição campinense é uma das principais “mentes por trás do maior acelerador de partículas do Brasil”, é o que revela a BBC News Brasil em matéria divulgada sobre a mais complexa infraestrutura científica já construída no país, o Sirius, laboratório de luz síncrotron que teve a sua primeira etapa inaugurada na quarta-feira (14), em Campinas, São Paulo.
Um dos principais pesquisadores do projeto Sirius, Narcizo Marques de Souza Neto nasceu em Malta, no Sertão da Paraíba. Graduou-se em física em 2001 na UFCG, campus Campina Grande (então campus II da UFPB), tendo feito mestrado pela Unicamp em 2003, doutorado pela USP em 2007, e pós-doutorado no Argonne National Laboratory, nos Estados Unidos em 2010.
Em 2015, foi o primeiro pesquisador da América Latina a ganhar o Dale Sayers Award da Sociedade Internacional de Absorção de Raios X, considerado um dos mais importantes prêmios na área de espectroscopia por absorção de raios x.
“Meu sonho era ser professor na Universidade Federal de Campina Grande. Hoje, mesmo distante, eu consigo colaborar com o pessoal de lá. Neste ano, um mestre se formou com a minha orientação, por exemplo”, disse.
Na matéria, o cientista paraibano revela que uma das possíveis aplicações das pesquisas é o desenvolvimento de trens de alta velocidade. Outra possibilidade seria desenvolver baterias e dispositivos eletrônicos com baixíssimo consumo de energia. “Você pode pensar que, daqui a 50 anos, por exemplo, você teria um celular cuja bateria carregada apenas uma vez durasse dez anos”, afirma.
Fonte: OP9
Créditos: OP9