Já imaginou ter um pedacinho de um ponto turístico em casa? Uma parte do Farol da Barra, em Salvador, na estante? Uma lasquinha do Cristo Redentor, do Rio de Janeiro, decorando seu escritório?
O que parece impensável, é possível em João Pessoa. As “relíquias” do Hotel Tambaú, um dos principais pontos turísticos de João Pessoa, estão ao alcance de um clique. Quem quiser jantar com os talheres, copos e pratos do ícone da orla paraibana, ou usar os quadros e algumas obras de arte para decorar sua casa, pode comprar os objetos numa página da OLX. Os quase 50 anos de história do Hotel Tambaú se encontra acessível até para quem não quer pagar cifras milionárias.
O Hotel Tambaú foi colocado a leilão para o pagamento de dívidas da massa falida da Rede Tropical de Hoteis, que originalmente pertencia à Varig. Com lance inicial de R$131,9 milhões, o empreendimento aguarda um novo dono. Enquanto o novo responsável por uma parte da história viva de João Pessoa não arremata o imóvel, uma família foi autorizada a morar no Hotel e ocupar alguns dos 173 apartamentos.
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O juiz titular do leilão, Paulo Assed nomeou como administrador judicial interventor Marcelo Macedo. O administrador nomeado permitiu que a família de Edvan Araújo ocupasse provisoriamente o hotel. O nome do vendedor responsável pelo “Bazar do Hotel Tambaú” na página do OLX é Christiano Oliveira, que seria o genro de Edvan.
Segundo informações, essas pessoas receberam essa autorização para evitar a dilapidação do imóvel, mas aproveitaram a “estadia” para vender de móveis, a eletrodomésticos, a faqueiros, louças, quadros e outras obras de arte.
O questionamento que resta é: os responsáveis por cuidar do patrimônio receberam autorização de vender parte da história recente para ganho próprio? O apurado da venda do leilão deveria ser revertido em pagamento de dívidas trabalhistas, mas o espólio de um dos nossos cartões postais estão sendo reduzidos a “itens de bazar”
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
