O secretário de saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, informou que já trabalha com a possibilidade de aplicar a vacina da Pfizer como segunda dose em quem tomou a primeira dose da AstraZeneca em maio e junho. “Se houver escassez de vacinas AstraZeneca, será uma alternativa”, disse. A medida foi autorizada pelo Ministério da saúde.
A preocupação se tornou real devido ao risco de faltar 2ª dose da AstraZeneca para quem recebeu a primeira em maio e junho. Levantamento do Uol aponta que há uma previsão de sejam enviadas pelo Ministério da Saúde em agosto e setembro um total de 24,1 milhões, sendo que o necessário para cobrir o pessoal imunizado no período é de 30,3 milhões de doses para todo o país.
A conta foi feita da seguinte forma: do total necessário (30,3 milhões), o governo federal prevê a entrega de 24,1 milhões, sendo 10 milhões em agosto e 14,1 milhões em setembro.
Além disso, o Uol entrou em contato com as secretarias de saúde das 27 unidades federativas e levantou que há ao menos 3,1 milhões de doses armazenadas de AstraZeneca. O número, no entanto, não é real porque apenas 13 estados sabem precisar quantas doses têm em estoque.
Na Paraíba
Na Paraíba, são apenas 24.748 doses do imunizante armazenados. A maior parte do estoque reserva foi usado como primeira dose, em julho deste ano. Foram 269 mil doses, obtidos da soma de 189.360 doses que estão armazenadas na rede de frio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) para aplicação da segunda dose e o lote com 77 mil doses enviados pelo Ministério da Saúde.
Na semana seguinte, uma decisão da 3ª Vara da Justiça Federal, na capital, determinou que o estado da Paraíba e as prefeituras garantam que a segunda dose da vacina Astrazeneca seja aplicada em 90 dias, em todos os paraibanos e paraibanas que já receberam a primeira aplicação. A preocupação do Ministério Publico federal é com a possibilidade levantada de esticar a diferença entre as doses para 120 dias.
A Secretaria de Estado da saúde informou que parte dessas vacinas foram repostas já em duas rodadas enviadas pelo Ministério da Saúde.
Novas doses
Ainda conforme a reportagem de Uol, a AstraZeneca estaria enviando os insumos “conforme acordado”, mas, para que a fundação consiga entregar mais doses, as remessas de IFA precisam “acelerar”, uma vez que a fábrica “alcançou uma capacidade de produção superior à de disponibilização do insumo”. Dessa forma, “o cronograma pode ser reajustado conforme a chegada de novas remessas”, ainda sem data, diz a Fiocruz.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Jornal da Paraíba