DIA MUNDIAL

Pesquisa aponta que 58,8% das mulheres fingem orgasmo; ginecologista explica o que isso pode gerar

Chegar ao orgasmo – estado de excitação máxima, resultando em prazer intenso, sendo o clímax do ato sexual para as mulheres – não é algo tão simples quanto possa parecer e nesse processo que deve ser natural, muitas optam por fingir como uma forma de demonstrar satisfação sexual a seus parceiros. Pesquisa da Archives of Sexual Behavior aponta que 58,8% das participantes, em um universo de 1.008 mulheres americanas heterossexuais entre 18 e 94 anos de idade, disse ter fingido orgasmo ao fazer sexo com um parceiro.

Chegar ao orgasmo – estado de excitação máxima, resultando em prazer intenso, sendo o clímax do ato sexual para as mulheres – não é algo tão simples quanto possa parecer e nesse processo que deve ser natural, muitas optam por fingir como uma forma de demonstrar satisfação sexual a seus parceiros.  Pesquisa da Archives of Sexual Behavior aponta que 58,8% das participantes, em um universo de 1.008 mulheres americanas heterossexuais entre 18 e 94 anos de idade, disse ter fingido orgasmo ao fazer sexo com um parceiro.

No Dia Mundial do Orgasmo, celebrado nesta sexta-feira (31), o ginecologista e obstetra do Hospital do Hapvida em João Pessoa, Romeu Menezes Neto, afirma que essa prática das mulheres de fingir orgasmo pode ser considerada comum, mas ela pode gerar preocupações como a perda de vontade de fazer sexo, medo, insegurança, infelicidade na relação, ansiedade e até depressão.

“Grande parte das mulheres sofre de falta de orgasmo durante as relações. Muitas delas nunca chegaram a ter ou desconhecem isso e a falta de conhecimento em relação ao próprio corpo é um dos fatores que contribuem, pois o que faz as mulheres chegarem ao orgasmo é justamente a estimulação do clitóris. Então, quando se desconhece o próprio corpo, dificilmente elas conseguirão chegar ao orgasmo”, explica.

Para além da falta de conhecimento do corpo, Romeu elenca outros motivos para que as mulheres finjam orgasmo. “Perda do sentimento amoroso pelo parceiro, dor ou incômodo na relação, diminuição da libido, medo do parceiro perceber que não consegue chegar ao orgasmo, todos esses fatores podem interferir”, ressalta.

Maternidade – No caso de mulheres que deram às boas-vindas à maternidade, o médico explica que a chegada de um filho pode ser muito negativo quando se trata de relações sexuais. “A maternidade, a amamentação, a preocupação em cuidar do bebê, tudo isso pode tirar o desejo das mulheres de fazer sexo. Algumas se sentem obrigadas pelos parceiros a fazer sexo e fingem o orgasmo para a relação terminar rápido, outras simplesmente mantêm abstinência sexual durante esse período”, compara.

Saúde da Mulher – Apesar de se tornar um ato cada vez comum, o médico ginecologista ressalta a importância do orgasmo para saúde da mulher. “Muitos são os benefícios, como liberação de hormônios que geram prazer ao organismo e é muito importante. Diminui ansiedade, melhora fluxo menstrual e lubrificação vaginal, melhora a autoconfiança, melhora vínculos familiares e amorosos”, elenca.

Romeu Menezes Neto reforça que muitos são os problemas sexuais enfrentados pelas mulheres. “Desde a infância, a desestimulação do sexo para as meninas, a concepção de que o sexo é coisa errada, o desconhecimento do próprio corpo faz a maioria das mulheres terem problemas sexuais. A terapia sexual serve para ajudar casais com problemas sexuais e, na grande maioria das vezes, as que mais procuram essa área são as mulheres”, lembra.

Mais dados – Ainda de acordo com a pesquisa apresentada pela Archives of Sexual Behavior, do total de mulheres participantes, 3% afirmaram ter fingido orgasmo de forma ocasional e 55% confessaram ser uma prática comum.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba