O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), amenizou nesta quarta-feira (10), as divergências com o Governo da Paraíba em relação ao decreto com medidas restritivas contra a pandemia da Covid-19. Em entrevista ao Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, ele disse que as determinações municipais ocorrem com base em diálogos com o setor produtivo local e que não tem a intenção de enfrentar o Estado.
Conforme o prefeito, apesar do recrudescimento da pandemia, a cidade tem se destacado no combate ao novo coronavírus. “Temos uma forma de governar que permite o diálogo e não exercício da imposição por parte do governante. Não somos o dono da verdade, muito menos da cidade, e justamente por isso nossas medidas são construídas. E nesse sentido, quando questionei o Governo de rebaixar a bandeira de amarela para laranja, disse que nós temos feito o nosso dever de casa para que o comércio continue funcionando, pois Campina é uma cidade de economia terciária e 70% da cidade depende do comércio e do setor de serviços”, considerou.
Ainda de acordo com o prefeito, a cidade tem adotado medidas duras, com restrições e endurecimento contra a pandemia. “Nenhuma fala minha diz que não queremos restrições e distanciamento. Nós estamos publicando, inclusive, esse novo decreto, trazendo medidas mais duras, com limitação de feiras livres e mercados públicos”, considerou. “A partir de certo horário, esses espaços servem até como bar a céu aberto, e ontem tivemos uma reunião para definir essa limitação”, disse.
Bruno Cunha Lima reforçou, também, que o município está preparado para receber pacientes de municípios vizinhos e que não tem o intuito de resistir ao decreto estadual. Segundo ele, a gestão municipal tem sido exemplo no combate à pandemia e quer dialogar com os governos estadual e federal “pelo bem da cidade”. “Nós vamos adotar medidas mais duras”, enfatizou.
Ele informou, também, que não é a favor da limitação estabelecimentos como supermercados e farmácias para não promover aglomerações. Ele também criticou o toque de recolher, que segundo ele é inconstitucional. “É uma excrecência jurídica. A Constituição Federal estabelece limites claros”, disse, citando que essa decisão só é possível em Estado de Sítio. “O Estado não pode alienar o direito de ir e vir de um cidadão”, acrescentou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba