O desembargador Ricardo Vital negou nesta segunda-feira (06) o pedido de liminar feito pela defesa do Padre Egídio no âmbito da investigação da Operação Indignus. Na última sexta-feira (03) a defesa do Padre Egídio, representada por Rawlinson Ferraz e sua banca de advogados de Recife, entrou com um pedido de habeas corpus para anular as provas obtidas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba sobre a denúncia de desvios de recursos do Hospital Padre Zé.
A decisão foi divulgada no sistema do Tribunal de Justiça da Paraíba nesta segunda-feira (06). O caso tramita em segredo de justiça.
O pedido da defesa é para a total anulação de provas sob alegação de que a investigação do Gaeco partiu de uma denúncia anônima. Os advogados de defesa, do escritório em Pernambuco, José Rawlinson Ferraz, José Gaia Torres Ferraz e José Rawlinson Ferraz Filho, entenderam que deveriam ter sido coletadas provas mais robustas para embasar o processo.
Relembre o caso
O escândalo no Hospital Padre Zé veio à tona no mês passado, após uma denúncia de furto de celulares no local. Os equipamentos haviam sido doados pela Receita Federal para o hospital e deveriam ter sido vendidos em um bazar beneficente para angariar recursos para o hospital.
Porém, os celulares foram furtados e vendidos e as investigações apontam para o envolvimento do Padre Egídio de Carvalho, que era diretor-presidente da unidade, e do ex-funcionário Samuel Segundo.
Em meio ao escândalo do furto dos celulares, o padre Egídio de Carvalho Neto, renunciou ao cargo de presidente do Hospital Padre Zé. O pedido foi aceito pelo arcebispo Dom Manoel Delson. Padre Egídio estava há mais de cinco anos à frente do hospital, fundado há quase 90 anos. Além de estar na gerência da unidade, ele também atuava como pároco da Igreja Santo Antônio, cargo do qual também renunciou.
Fonte: ClickPB
Créditos: Polêmica Paraíba