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PARQUE SANHAUÁ: Moradores do Porto do Capim afirmam que a PMJP demoliu uma casa por engano

"Dos 168 moradores, apenas 26 aderiram ao plano da prefeitura, sendo assim a maioria não aprova"

Os moradores do Porto do Capim, no Centro Histórico de João Pessoa, foram surpreendidos na manhã desta quinta-feira (30),  com mais demolições e serão ao todo 26 casas até esta sexta-feira (31). De acordo com os moradores, uma casa foi demolida por engano, e o presidente da Associação de Moradores, João Irineu, afirmou que vai entrar com um processo judicial. A presidente da Associação de Mulheres do Porto do Capim e moradora da comunidade, Rossana Holanda, mobilizou moradores e entidades civis para ato de resistência contra a derrubada. “Dos 168 moradores, apenas 26 aderiram ao plano da prefeitura, sendo assim a maioria não aprova”.

Já a secretária de Habitação de João Pessoa, Socorro Gadelha, negou que tenha havido qualquer erro no trabalho para a construção do Parque Sanhauá. Ela afirmou ainda que as pessoas estão saindo de suas casas por que procuraram a prefeitura e se inscreveram para receber apartamento.

Apoiadores dos moradores revelaram que a Caixa Econômica Federal subsidiou um empreendimento corporativo da Prefeitura de João Pessoa, para “revitalização do Centro Histórico”, no qual compreende a implantação de um Parque. O projeto não foi aprovado por completo, inclusive no que concerne a licença ambiental.

Eles argumentaram ainda que parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na Paraíba (IPHAN) apoia tal ação de cunho eugenista, por meio de uma política de gentrificação, no que pensam ser um “progresso ” para cidade, em detrimento da precarização de vidas de parte de sua população”.

Eles acrescentam ainda que, “embora o Ministério Público esteja mediando o conflito, a prefeitura não buscou alternativas, na aplicação de tecnologias sociais, a inserir a comunidade do Porto do Capim, que engloba Vila Nassau, para elaboração de algo sustentável. É importante frisar que o Porto do Capim é uma comunidade Ribeirinha, Rural e urbana ao mesmo tempo, situada, no berço histórico da capital paraibana, João Pessoa. A dimensão simbólica, afetiva, patrimonial, histórica estão sendo ignoradas pela gestão municipal”.

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