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Saiba o posicionamentos dos deputados paraibanos sobre o Decreto sobre posse de arma

Assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), o decreto que dá o direito a posse de arma para o cidadão foi visto com preocupação entre parlamentares paraibanos.

Os deputados estaduais e federais comentaram a decisão do presidente, em facilitar que os brasileiros tenham arma de fogo em sua casa.

Reeleito para Câmara Federal, Pedro Cunha Lima (PSDB) enxerga na medida uma forma de contraponto à insegurança vivenciada pela população, mas faz ressalvas.

“Como deputado, acredito que a educação é a medida de todas as coisas. O caminho é pela via de distribuir oportunidades, de cada um ter a chance de crescer, do que essa via de armar a população. Minha linha é de defender a educação, mas não posso deixar de reconhecer que o poder público tem sido muito falho em relação à segurança”, disse.

A deputada estadual Estela Bezerra (PSB) não vê o decreto como solução de segurança pública, mas sim questão econômica, pois segundo a deputada, isso visa alimentar uma das principais indústrias do mundo que é a do armamento.

“O efeito colateral dessa opção é o aumento dos crimes violentos intencionais. Transferir a responsabilidade para as mãos de um cidadão comum através do porte de arma é uma sentença de morte social. Certamente aumentarão as mortes que envolvem discussões de trânsito bares e domésticas”, justificou.

O deputado federal eleito  Ruy Carneiro (PSDB) acredita que a intenção do governo é diminuir a criminalidade, como uma maneira de intimidar bandidos. Mas, segundo o parlamentar é preciso ter cautela.

“Eu temo algumas situações. Nós temos muitos casos de violências contra mulher, não sei até onde a presença de uma arma é um benefício. Por outro lado você tem situações de uma pessoa que mora na zona rual, é importante ter uma segurança para si”, pontuou.

O deputado estadual Anísio Maia (PT) contestou o decreto presidencial. “Ele está transferindo a responsabilidade do Estado em garantir segurança do cidadão para o próprio cidadão. Não temos condições disso no Brasil. Quanto mais armas, mais a violência aumenta”, argumentou.

Em contato com à reportagem, o deputado Wilson Filho (PTB) afirmou que não teve acesso ao decreto e por isso não poderia comentar.

Os deputados federais Gervásio Maia (PSB), Damião Feliciano (PSB), Jullian Lemos (PSL), Frei Anastácio (PT), Wilson Santiago (PTB), Edna Henrique (PSDB) e Efraim Filho (DEM), além dos deputados estaduais Walber Virgolino (Patriota), Cida Ramos (PSB), Cabo Gilberto Silva (PSL), Pollyana Dutra (PSB) e o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB) não atenderam as ligações.

Fonte: mais pb
Créditos: Heron Cid