OPINIÃO

Parece que foi ontem. O dia em que falei pra Nilvan que ele era o maior comunicador da PB - Por Aldo Ribeiro ; VEJA VÍDEO

Durante a semana, no meio da confusão do dia-a-dia, e na medida do possível, acompanhei e li alguma coisa referente a mais nova verborragia apelativa do radialista Nilvan Ferreira. Bravateou, esperneou, vitimizou-se como sempre, jogou pra galera, e no fim das contas arregou solenemente. E a palavra é essa mesmo: ARREGOU. Chamou pra briga, e quando o desafiado aceitou, desceu o tom e mudou de discurso. Ficou feio pra quem tenta preservar a aura de destemido. Conforme falou o Profº Flávio Lúcio, uma possível negativa ao debate com o próprio, diria muito sobre o cidadão Nilvan.

Nilvan é um craque na comunicação para as massas. Sabe usar suas armas. O timbre, o sotaque, a origem sertaneja e a tonalidade da sua voz, aliados a imagem de “bocão” que criou em torno de si e no imaginário do povão, potencializam essa condição. Reinventou um estilo que até pouco tempo atrás, estava em falta no mercado. Fabiano Gomes talvez fosse seu contemporâneo e antagonista mais duro, no entanto as circunstâncias das coisas o tiraram do mainstream da comunicação paraibana. Aí tudo ficou mais fácil.

Assim com Fabiano, Nilvan joga no limite do aceitável. Talvez com o aval de seus patrões de ocasião. Evoca sabe-se lá de onde, sua tão propagada coragem, que ele adora repetir nos microfones, e sua reputação acima de qualquer suspeita. Entretanto, esquece que tem teto de vidro, e quando alguém o lembra, perde a pose e um dá chilique moralista. A deputada Estela, foi vítima desse chilique recentemente. Convidada do programa no qual ele é o âncora, Estela foi sistematicamente constrangida. Repito: ela foi como convidada. Percebam a distinção de tratamento, quando por exemplo, o secretário Adalberto Fulgêncio é o convidado. Aquele mesmo daquelas gravações, que nunca foram divulgadas nos grandes veículos. É preciso enxergar além dos outdoors, meus caros. Não se render à alienação que querem nos incutir.

Pois bem, foi nesse momento em que Estela pôs o dedo numa ferida que imediatamente o radialista acusou o golpe. Desceu do salto, esqueceu-se de vez da liturgia do seu papel de apresentador, e atacou a deputada, que somente relativizou tal constrangimento pelo qual a mesma passava, referindo-se ao caso em que o radialista é investigado. Há um momento importante do vídeo. Quando Nilvan diz que, “fui (investigado) por armação de vocês, mas graças a Deus, não conseguiram provar nada”. Ocorre que ele é investigado, e a investigação corre em segredo de justiça há dois anos, conforme publicado no artigo do Profº Flávio Lúcio.

Dito isso, por si só, todo o bravatismo moralista de Nilvan que ocorre a seguir no mesmo vídeo, perde o sentido. A coragem e a gritaria, tornaram-se uma tentativa desesperada de não perder o debate por ele provocado. Falando em debate, na última sexta também esperei que acontecesse. Não aconteceu. Mas se caso tivesse havido, sem a gritaria e bravatismo de que tanto gosta de utilizar em seu programa, perderia sua aura de destemido, afora outras coisas mais. Pra disfarçar o arrego público, fez uma tréplica meia boca, de que só debateria com a presença do “chefe” do desafiado.

Nada pessoal, mas ficou feio. A tal aura de destemido e corajoso perdeu sim um pouco do encanto.

E o tal dia em que falei pra Nilvan, que ele era o maior comunicador do estado, fica pra outro dia.

“Você não aguenta o trampo, quando vai pra você” (Estela Izabel). Deu pra perceber, deputada.

 

Fonte: Aldo Ribeiro
Créditos: Aldo Ribeiro