No último domingo (20), o secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, afirmou que uma variação do novo coronavírus, que se espalha mais rapidamente do que outras cepas do vírus, em até 70%, está sendo identificada em algumas infecção. A variante é chamada H69/V70 e já superou a mutação que aconteceu em Londres e no sudeste da Inglaterra.
De acordo com dados do Centro Europeu para Controle de Doenças (ECDC), a nova variação do coronavírus circula desde novembro. O Reino Unido fala em identificação da nova cepa no país no mês de setembro. Recentemente, a Itália, Austrália, Suíça e Espanha detectaram casos de infecção pela nova cepa.
A informação aumentou as restrições em diversos países neste período de fim de ano. Medidas de isolamento para conter a propagação da nova mutação do vírus estão sendo tomadas. A exemplo das fronteiras aéreas e/ou marítimas de alguns países com o território britânico que estão sendo fechadas. A Inglaterra já decretou lockdown.
A paraibana Beatriz Borges, de 20 anos, que mora na Escócia, no Reino Unido, concedeu entrevista ao portal T5 e comentou como está o clima na região. Ela estuda enfermagem e trabalha na área da saúde.
Beatriz contou que a notícia de uma nova variação do coronavírus foi ‘frustrante’: “Estávamos todos acreditando em uma possível melhora devido a vacina ter saído ao público recentemente”, disse. Ela ainda falou sobre a tensão criada com a notícia: “Cria um descontrole social, já que não se sabe quantas pessoas estão contagiadas por esse novo vírus. É muito preocupante”.
Ela disse que as medidas do Governo da Escócia a partir de agora são para colocar o país em quarentena novamente. Com o funcionamento apenas de lojas essenciais abertas ao público e retorno de aulas presenciais adiado, por exemplo.
Ainda segundo Beatriz, o governo do país permitirá que as famílias se reúnam no Natal, dia 25. E que só a partir do dia 26 de dezembro o país entrará em lockdown. Com isso, as comemorações de ano novo só poderão ser feitas com pessoas que residem na mesma casa.
Beatriz afirma que diversas áreas serão afetadas com essa determinação de lockdown na Escócia. “Muita gente vai perder o emprego assim como muita gente já perdeu no primeiro lockdown. É uma situação bem difícil e muito triste”, contou.
A estudante de enfermagem fala ainda sobre a importância dos cuidados para diminuir as chances de contaminação. “Aqui [Escócia] não é obrigatório usar máscara nas ruas, apenas para entrar em lojas, locais fechados e transporte público e privado. Mas eu prefiro usar a todo momento quando saio de casa para diminuir as chances de contágio e também ando com álcool em gel na bolsa sempre.” E alerta: “todo cuidado é pouco!”.
Fonte: Portal T5
Créditos: Polêmica Paraíba