Febre, tosse, coriza, manchas avermelhadas na pele que começam no rosto e progridem em direção aos pés, mal-estar, conjuntivite, perda do apetite, fraqueza e até manchas brancas na parte interna das bochechas são alguns dos sintomas que indicam que o indivíduo pode estar com sarampo, doença contagiosa que já conta com três casos confirmados na Paraíba, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgado nesta quinta-feira (12). Atualmente, há 108 casos suspeitos de sarampo em 28 dos 223 municípios do Estado.
O médico infectologista do Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas, explica que a doença ataca o sistema respiratório e é causada por um vírus. Ele faz um alerta para sobre o perigo dessa enfermidade. “O sarampo é perigoso pelas complicações que a doença pode apresentar, levando o sujeito a adquirir uma otite, pneumonia e até mesmo encefalite, que se trata de um quadro neurológico grave. Dependendo da gravidade a pessoa pode ir a óbito e em gestantes a doença pode provocar o parto prematuro ou aborto”, aponta o infectologista.
Segundo dados da SES, os três pacientes que estão com a doença são residentes do município de João Pessoa e têm idade entre 24 e 41 anos. Em comum, eles têm histórico de viagens para os estados de São Paulo e Pernambuco. Além deles, 51 casos foram descartados, 26 tiveram resultado de sorologia (S1) reagente e/ou indeterminada para sarampo pelo Lacen-PB e foram enviados ao Laboratório Fiocruz para retestagem e exames complementares e 28 casos seguem em investigação.
Contágio – O médico Fernando Chagas esclarece que a doença é causada por um vírus chamado Measles morbillivirus, uma modalidade de vírus que é altamente contagiosa e é espalhado por meio da tosse, espirros, beijos, gotículas que saem quando durante a fala e qualquer outra forma de contato com fluidos do nariz de uma pessoa infectada e boca diretamente ou através de objetos como copos e talheres.
O especialista ainda afirma que no caso do sarampo o tratamento é sintomático e após a doença o indivíduo adquire imunidade permanente.
Prevenção – Apesar de ser uma doença que causa muito medo, é possível prevenir o sarampo por meio da vacinação e, além disso, algumas medidas podem ser tomadas para minimizar a probabilidade de se contrair a doença. “Lavar as mãos é uma atitude que contribui para, de certo modo, diminuir a possibilidade de ter a doença, já que é facilitada pelo toque das mãos. Outra atitude é em qualquer suspeita da doença avisar na escola, caso seja criança; trabalho em casos de adultos”, orienta o infectologista.
Outro fator importante é manter o cartão de vacina em dia, pois a vacina contra o sarampo pode garantir 97% de proteção, podendo alcançar uma porcentagem maior, dependendo de vários fatores. “Manter a vacina em dia diminui consideravelmente o risco se pegar a doença, além de proteção contra outras doenças igualmente graves. Importante também ter o hábito de se guardar o cartão de vacina. Em casos de surtos, a pessoa pode ser chamada a apresentar o cartão”, conclui.
Fonte: Múltipla Comunicação
Créditos: Assessoria de Imprensa