Diariamente a Paraíba tem registrado recordes de novos casos de Covid-19. O último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, na quinta-feira (14), revelou o maior número de casos (316) em um único dia. No total, são 3.360 pessoas com diagnóstico fechado do novo coronavírus e 160 mortes pela doença.
Médicos e especialistas em saúde têm falado diariamente sobre medidas que podem contribuir para diminuir estes casos e achatar a curva de transmissão da doença que, conforme explica o infectologista do Hospital do Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas, trata-se da contagem de pessoas que adoecem ao mesmo tempo em determinada região. “Quanto mais alta a curva de transmissão, mais pessoas adoecem ao mesmo tempo”, reforça.
O especialista destaca que a Covid-19 é uma doença que tem a capacidade de fazer com que várias pessoas adoeçam ao mesmo tempo e uma média de 15% dos que foram acometidas pelo novo coronavírus tendem a precisar ficar internadas e até mesmo necessitar de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Desse percentual apresentado, acredita-se que 5 a 7% das pessoas acabam indo para UTI. “Então se várias pessoas adoecem e precisam da UTI ao mesmo tempo da UTI não há sistema de saúde no mundo que suporte a demanda”, esclarece Fernando Chagas.
O infectologista afirma que para que isso não aconteça, a ideia é achatar a curva de transmissão e transmissibilidade da doença, para que menos pessoas adoeçam ao mesmo tempo e, consequentemente, precisem de UTI. Com tudo, a orientação acerca da lavagem das mãos e o cuidado da higiene pessoal, utilização de máscara e isolamento social são fatores que contribui para esse achatamento. “Este último é a medida de maior impacto e isso pode ser confirmado a partir do momento em que se toma como referência Portugal, que foi um dos primeiros países a adotar o isolamento social e teve um pouco mais de 1.000 casos em 50 dias. No Brasil, houve uma flexibilização e o resultado foi o registro de 10.000 casos”, compara.
Fernando Chagas alerta ainda que o isolamento social é uma arma muito poderosa. “Ele é capaz de fazer com que a curva de transmissão caia evitando um colapso no sistema de saúde. Portanto, a grande medida é essa, o isolamento social e evitar as aglomerações, o cuidado com o toque, limpeza de superfícies, não levar à mão aos olhos e boca e usar máscara”, orienta e conclui.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba