Na mitologia grega, Afrodite é a deusa do amor, da beleza e da sexualidade. Na literatura espanhola, o personagem Don Juan ganhou fama por possuir característica de um homem sedutor, que se colocava como amante das mulheres prometendo-lhes o matrimônio. Do passado ao presente, tanto a personagem da mitologia grega quanto o da literatura espanhola são vistos na sociedade atual a partir de uma síndrome, que tem como principal característica a conquista, é o que explica a psicóloga do Sistema Hapvida em João Pessoa, Michelle Costa.
“A síndrome de Afrodite (mulheres) e de Don Juan (homens) estão ligadas diretamente à conquista. Quanto mais difícil for conquistar a pessoa desejada, mais prazeroso é para quem possui essa síndrome, que consiste no prazer que se sente em conquistar a pessoa desejada”, esclarece.
A especialista afirma que a síndrome pode ser desencadeada pelo comportamento disfuncional em alguma parte do corpo humano. No caso da de Don Juan ou Afrodite, a energia é canalizada para a sedução. As relações estagnam na fase da conquista e a necessidade é única e exclusivamente de despertar a atenção do outro. Quando o interesse se concretiza e, portanto, o prazer e a graça acaba, é hora de encontrar um novo alvo.
As formas de desenvolvimento, no entanto, não se delimitam pelo gênero. “Cada pessoa manifesta a condição como lhe convém. O funcionamento geral depende do que a pessoa tem como atributo a ser enaltecido, seja no corpo, no intelecto, no jeito de ser”, assegura a psicóloga.
Michelle Costa explica ainda que a síndrome de Afrodite ou Don Juan pode ser diferenciada de uma intenção amorosa pelo caminho que os relacionamentos percorrem. Sendo assim, quem possui a síndrome fica apenas na “conquista”, não se tem uma continuidade, um progresso. “São síndromes que se caracterizam pela necessidade compulsiva por sedução que é refletida em relações rápidas sem muita intimidade”, pondera.
De acordo com a especialista, essa síndrome não tem um perfil completamente delimitado de quem possui, mas especialistas destacam três padrões: pessoas com baixa autoestima, traços narcisistas e que carregam traumas. Eles também lembram que os primeiros sinais da condição podem aparecer durante a adolescência, fase em que normalmente os envolvimentos amorosos têm início.
Tratamento – A psicóloga do Sistema Hapvida em João Pessoa afirma que a síndrome pode ser tratada a partir da psicoterapia com abordagens que trabalham a autoestima, traumas infantis e outras disfunções de ordem emocional que conduzem o indivíduo a essa condição. Sendo assim, a partir do momento que alguém identifica o comportamento que caracteriza a síndrome, é preciso buscar atendimento com profissional especializado.
Além da Conquista – As síndromes de Afrodite e Don Juan vão além dos envolvimentos amorosos. Em alguns casos, as atitudes podem impactar amizades, relações familiares e de trabalho. Com a conquista e a necessidade de atenção já tão latente, expandem-se os conflitos nas demais áreas da vida. “O tempo também pode ser inteiramente dominado pela necessidade de sedução, com pessoas dedicando horas excessivas todos os dias a aplicativos de relacionamento ou encontros”, exemplifica Michelle.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba