De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a pandemia afetou diretamente o acesso à escola de crianças e adolescentes paraibanos. Segundo o estudo “Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um alerta sobre os impactos da pandemia da covid-19 na Educação”, realizado pelo Unicef, em parceria com Cenpec Educação em novembro de 2020, 78 mil não frequentavam a escola.
Os números nacionais mostram que quase 1,5 milhão de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos não frequentavam a escola. Somam-se a eles outros 3,7 milhões que estavam matriculados, mas não tiveram acesso a atividades escolares e não conseguiram se manter aprendendo em casa.
A exclusão escolar atingiu sobretudo crianças de faixas etárias em que o acesso à escola não era mais um desafio. Dos 5,1 milhões de meninas e meninos sem acesso à educação no Brasil em novembro de 2020, 41% tinham de 6 a 10 anos de idade; 27,8% tinham de 11 a 14 anos; e 31,2% tinham de 15 a 17 anos – faixa etária que era a mais excluída antes da pandemia.
O estudo mostra, também, que a exclusão afetou mais quem já vivia em situação vulnerável. A exclusão foi maior entre crianças e adolescentes pretos, pardos e indígenas, que correspondem a 69,3% do total de crianças e adolescentes sem acesso à educação.
“Os números trazem um alerta urgente. Corremos o risco de regredir no acesso de meninos e meninas à educação, voltando aos dados dos anos 2000. É essencial agir agora para reverter a exclusão, indo atrás de cada criança e cada adolescente que não está tendo acesso à educação”, ressalta Dennis Larsen, chefe do UNICEF para o semiárido.
Fonte: Portal Correio
Créditos: Polêmica Paraíba