O presidente da Fecomércio (Federação do Comércio da Paraíba), Marconi Medeiros, negou, nesta segunda-feira (18), as denúncias de pais de alunos sobre a aplicação de reajustes na ordem de 500% nos valores cobrados aos alunos que estudam em instituições mantidas pelo Sesc Paraíba. Ele alegou que o Sesc não cobrava “mensalidades” escolares, mas apenas “taxas”, e que a partir de 2018, após conclusão de reformas que estavam sendo realizadas, é que a instituição vai passar a cobrar mensalidades.
“Não houve reajuste, nós cobrávamos uma pequena taxa dos alunos enquanto a gente fizesse todas as reformas, tanto no prédio principal quanto nas outras unidades – unidades móveis, unidades de ensino à distância – e então alguns cursos que não tinham funcionamento, vão funcionar a partir de 2018, aí, sim, nós cobramos taxa”, explicou, entrando em contradição ao afirmar que as “taxas” que o Sesc está cobrando são muito mais baratas do que as taxas cobradas nos melhores colégios de João Pessoa.
O presidente da Fecomércio justifica que a cobrança é necessária para manter a instituição.
“Desde o início do comodato, nós vínhamos fazendo as reformas do prédio antigo, de 1919, e a construção de novos prédios. A partir de 2018, nós já temos o custo de cada aluno, nós temos compromisso também com a gratuidade, nós temos ainda que atender 20% de alunos indicados pelo orfanato Dom Ulrico, temos que atendê-los gratuitamente, inclusive fornecendo fardamento, livros e calçados, então tudo isso pesou para que pudéssemos ter o nosso custo”, disse.
Para ele, os trabalhadores do comércio podem pagar as mensalidades de até R$ 400 que passarão a ser cobradas a partir do ano que vem. O valor das taxas cobradas até este ano era de apenas R$ 60.
“O comerciário tem um piso salarial maior do que o salário mínimo e eles ainda ganham mais 3% de comissão, 99% dos funcionários do comércio ganham esse fixo e mais 3% de comissão, que triplicam ou mais o salário deles”, disse Medeiros.
Ele disse, contudo, que quem tiver dificuldades para pagar, pode ir conversar com a direção, porque “o empresariado é comprometido com a educação e não vai deixar nenhuma aluno ao relento”.
Rogério Braz, presidente do Sindicato dos Comerciários, não ficou satisfeito com a explicação e disse que esse aumento não cabe no orçamento do comerciário. “Um dos fins do Sesc é servir aos comerciários”, lembrou o representante dos comerciários.
Fonte: Click PB
Créditos: Click PB