Julho para crianças é sinônimo de férias. Com elas, é praticamente certo ter banhos de piscina, mar ou rio, dependendo da localidade onde se mora. Porém, a otorrinolaringologista pediátrica do Hospital do Hapvida em João Pessoa, Jéssika Cavalcante, faz um alerta para os pais para um problema que pode surgir nas crianças por conta dos mergulhos: a otite externa, também conhecida como inflamação no ouvido.
“A otite externa é uma inflamação difusa do canal auditivo externo, que pode atingir o pavilhão da orelha e a membrana timpânica. Ocorre em qualquer idade, apresentando maior incidência entre os sete e os 12 anos de idade. A causa mais comum desse tipo de dor de ouvido é a infecção por bactérias e fungos. Na maior parte das vezes, esses micro-organismos penetram através de lesões na pele que recobre a orelha externa provocadas por objetos (cotonetes, grampos, por exemplo), por atritos ao coçar ou secar o ouvido e pelo contato com água contaminada (mar, piscina, banhos)”, explica.
Bastante comum em regiões onde o clima é quente e úmido, é possível identificar a otite externa por meio de sintomas como dor forte no ouvido, que piora após o movimento de mastigação, associado à coceira, sensação de diminuição auditiva e, por vezes, apresenta secreção dentro do canal auditivo. Diante desses sintomas, a médica orienta a busca por tratamento.
“Na suspeita da doença deve-se procurar o profissional habilitado para fazer o diagnóstico e tratamento adequado, visto que pode ser confundido com a otite média aguda”, orienta, dizendo que esta última costuma ocorrer durante ou logo após gripes, resfriados, infecções na garganta ou respiratórias. É um tipo de otite também comum em crianças, mas pode acometer pessoas de qualquer idade.
Tratamento – Identificada a presença da doença o tratamento se dá por meio do uso de analgésicos. “Dipirona, paracetamol, ibuprofeno deve ser introduzido assim que as dores iniciarem. O tratamento é realizado com antibiótico tópico, na forma de gotas otológicas”, explica a especialista, que acrescenta: “Na maioria dos casos não há necessidade de antibiótico por via oral”, comenta Jéssika Cavalcante.
Além de todos os cuidados para não entrar água no ouvido durante banhos ou imersão em piscina, mar ou rio, a otorrinolaringologista pediátrica aconselha também “evitar manipulações do canal auditivo externo, como por exemplo uso de hastes flexíveis ou coçar o ouvido usando as unhas. Em casos de presença de cerume obstrutivo, deve ser removido com ajuda de um médico”, conclui.
Fonte: Múltipla Comunicação
Créditos: Assessoria de Imprensa