Saúde

OPORTUNIDADE: UFPB inscreve para teste gratuito em tratamento de doença arterial

Um estudo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está recrutando voluntários com doença arterial obstrutiva periférica, bloqueio ou estreitamento de uma artéria nas pernas, para tratamento experimental. A terapia-piloto, com uso de estimulação transcraniana por corrente contínua de alta definição (HD-tDCS), associada a exercícios físicos. O experimento tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

FOTO: Reprodução / Internet

Um estudo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está recrutando voluntários com doença arterial obstrutiva periférica, bloqueio ou estreitamento de uma artéria nas pernas, para tratamento experimental. A terapia-piloto, com uso de estimulação transcraniana por corrente contínua de alta definição (HD-tDCS), associada a exercícios físicos. O experimento tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

“A doença arterial obstrutiva periférica é o bloqueio ou estreitamento de uma ou mais artérias dos membros inferiores, devido a um processo aterosclerótico (acúmulo de gordura, cálcio e outros elementos na parede da artéria), que prejudica a passagem de sangue para a extremidade do membro. Esse estudo faz parte de uma pesquisa de mestrado que tem como objetivo potencializar, com a estimulação transcraniana, os efeitos do exercício na circulação do paciente com doença arterial obstrutiva periférica”, explica Rafaela Pedrosa, professora e pesquisadora do Departamento de Fisioterapia da UFPB e coordenadora do trabalho.

Podem participar da pesquisa pessoas com mais de 18 anos que tenham doença arterial obstrutiva periférica e que apresentem claudicação intermitente, ou seja, que sintam dor na região posterior da perna ao andar ou correr. Os voluntários devem entrar em contato com a equipe de pesquisadores por meio de um destes telefones: (83) 99662.1472/ 988883.6754/98887.7610/99816.8944. O tratamento fisioterapêutico terá duração de seis semanas, sendo duas sessões por semana.

O estudo já foi aprovado por comitê de ética. Segundo a professora Rafaela Pedrosa, voluntários que já iniciaram o tratamento experimental relatam diminuição das dores na perna ao caminhar e maior capacidade para fazer atividades diárias. “Nossa intenção é que a estimulação melhore o fluxo sanguíneo arterial e o metabolismo muscular; que o músculo consiga utilizar o pouco oxigênio disponível, devido à obstrução arterial, com maior efetividade”.

As pessoas com doença arterial obstrutiva periférica têm maior risco de necessitarem de amputação do membro inferior, em razão da isquemia que ocorre no membro. A coordenadora da pesquisa esclarece que o intuito da pesquisa é diminuir esse risco. “Para isso estamos buscando protocolos que possam melhorar o funcionamento da musculatura que está em isquemia, diminuição ou interrupção do fluxo sanguíneo arterial”, complementa.

A musculatura em questão é a da panturrilha, chamada de tríceps sural. Os pesquisadores da UFPB esperam que a estimulação transcraniana potencialize o efeito dos exercícios na musculatura isquêmica, aumentando a capacidade funcional do paciente, com diminuição da dor ao andar ou correr, melhorando sua qualidade de vida e facilitando a realização de suas atividades diárias.

A estimulação transcraniana por corrente contínua de alta definição é uma técnica de estimulação cerebral não invasiva, capaz de modificar o potencial de repouso da membrana neuronal e o nível de disparo espontâneo da área estimulada, por meio de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo do paciente.

Os exercícios físicos que fazem parte do  protocolo são aeróbicos, que imitam o movimento de uma bicicleta. São realizados com auxílio de um cicloergômetro passivo, aparelho estacionário que permite rotações cíclicas. Não é necessário que o paciente faça esforço. Esses exercícios aeróbicos, dentre outros benefícios, são capazes de aumentar o condicionamento cardiorrespiratório, mantêm a mobilidade do indivíduo e aumentam o fluxo sanguíneo para todas as partes do corpo.

A pesquisa teve início em fevereiro deste ano, no Laboratório de Fisioterapia em Pesquisa Cardiorrespiratória (Lafipcare), no bloco da Pós-graduação em Fisioterapia, no campus I, em João Pessoa. E conta com a parceria da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Fonte: Portal T5
Créditos: Polêmica Paraíba