O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão preventiva do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos). Ele foi ouvido em audiência de custódia realizada pela desembargadora Rosa Helena Guita, a mesma que autorizou a sua prisão, na tarde desta terça-feira.
Ao prestar depoimento, Crivella disse não houve excessos durante o cumprimento do mandado de prisão. Outros alvos da Operação Hades também passaram pelo Tribunal de Justiça. Todos irão para Benfica.
A nove dias para o fim de seu mandato, Crivella foi preso na manhã desta terça-feira após ser investigado e denunciado pelo MP do Rio e um esquema de corrupção que acontecia dentro da prefeitura — o chamado “QG da Propina”.
Como o Radar mostrou mais cedo, a denúncia do MP detalhada pela desembargadora aponta que Crivella “autorizava a prática” de crimes e se beneficiava dos resultados.
Além disso, os investigadores narraram — e a Justiça acolheu — como o prefeito anuía com o esquema de corrupção que foi instalado por Rafael Alves, homem de sua confiança e responsável pelos pagamentos de propina.
Na decisão que autorizou a prisão de Crivella, a desembargadora chegou a citar um “uso indevido”, apontado pelo MP após um relatório do Coaf, da estrutura da Igreja Universal pelo esquema. A suspeita é de que a entidade tenha servido para lavar mais de 6 bilhões de reais.
Fonte: VEJA
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